(Louise Emma Potter)
Teaching strategies, background knowledge related to neuroscience and
psychology, language knowledge and awareness, and child development are
just a few of the many contexts language teachers must know how to deal
with on a daily basis in their classrooms. The norm for a public or
private school is to have 50 minutes, twice a week together with a
classroom of 30 multileveled students. To have multileveled students in
your classroom does not necessarily mean that students are only at
different stages in their foreign language acquisition, but they are
also multileveled due to their educational background in their mother
tongue, due to their cultural background, their different expectations
as students, their goals as language learners, their learning styles,
their access to the target language outside the classroom and many other
factors.
For this reason, teacher development is a never-ending story. In
order to be in the classroom, we must be passionate about it! There is
so much going on inside and outside the classroom that to ignore the
many other contents beyond the language itself is to fail as a language
teacher. As Prabhu (The dynamics of a classroom-1992) states “The
classroom lesson is an event of several different kinds: It is a unit
in a planned curricular sequence, an instance of a teaching method in
operation, a patterned social activity, and an encounter between human
personalities. Much of what happens in any given classroom represents a
stable routine which best reconciles the varied demands of these
different dimensions for the particular teacher and learners in
question.” So, where do we start? How can we accomplish our goal of teaching in this multileveled environment?
Due to the scenario above, I believe that having the whole class do
exactly the same activity does not work. Some students are what we may
call Below-level, some are At-level and some are Above-level. How can
they possibly accomplish the same objective by the end of the class,
doing the same activities if they were not at the same level at the
beginning of the class? Differentiating our instruction is a must in the
language classroom. The aim of differentiating the instruction is that,
no matter where the student started off at the beginning of the class,
by the end of the class, all the students should have taken at least a
step ahead, in their own level. Students who are below the expected
level do not go beyond tasks that perform thinking on the lower levels:
remembering and understanding. Students who are at the at-level will be
asked to apply and analyse the content, and students who are above level
should be asked to complete tasks in the areas of evaluating and creating.
There are obviously many challenges at first:
• Determining where each of your students are and what they need.
• Organizing appropriate groupings within the class.
• Ensuring that all students are challenged and engaged.
• Organizing the same material for different levels.
• At the beginning, it can be time consuming for the teacher.
But the benefits are amazing:
• Students are able to learn at their own pace.
• We teach students to work collaboratively.
• Students become autonomous learners, which is our ultimate goal.
• Students develop strong relationships with their peers.
• All students are engaged and on task.
As we can see, classroom management skills are extremely necessary if you want to put differentiated instruction into practice.
Here are some simple examples of how you can incorporate
differentiated instruction into your classroom within the different
skills and activities and that do not take up too much time:
Reading and listening
You can use the idea of a flipped classroom: give the students who
are below level the opportunity to listen to the recording or read the
text which you are planning to use in the upcoming lesson at home. This
gives them the opportunity to read or listen to as much as they like.
When working on the text inside the classroom, you may use the
technique of jigsaw reading: divide the reading text into unequal
lengths and difficulty and hand them out to students according to their
level. In multileveled classes, grouping must be very accurate. Student
below level can just answer straight questions, at-level students can
analyse the content and make up questions and the students above level
can evaluate the reading and create a similar one.
Writing
Vary the length of the writing (amount of word – 50 / 100/ 150) and
make sure the weaker students have a model to follow. Below level
students should write a paragraph, at-level students maybe 100 words and
above level should write 150 words.
Speaking
During pair work, after modelling an activity, below level students
are expected to work with only the first part of a conversation whereas
the others should work with the whole conversation. Another idea for a
differentiated speaking activity is having students work in pairs. Hand
out flashcards to the students. The above level student needs to make up
questions (which is generally more difficult than answering) and the
below level student should answer the questions.
Using learning stations
Learning stations aid teachers when you have multileveled students.
Students are on task and working at all times, with different objectives
and outcomes. Read more here.
Project work
Students at various levels can contribute to collaborative projects.
The final products can differentiate according to their language level.
I only pinpointed some activities but I strongly encourage you to
read more about differentiating your instruction. There is much more to
it and you will definitely excel in your classroom. I know there is no
right answer and no best method for learning. We each have our own
special way of teaching and learning. That is why we can never stop
studying. Never stop looking out for what others are doing and reflect
upon what we are doing all the time!
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Sobre usar a língua materna na aula de língua estrangeira – Experiência e observação
(Juliana Tavares)
Se você dá aulas de língua estrangeira há tempo suficiente (e esse tempo nem precisa ser tão longo), você provavelmente já se envolveu em algum tipo de discussão sobre usar ou não usar a língua materna na sala de aula, o quanto usar a língua materna, quando usar a língua materna, ou ainda a hora de certa de parar de usar a língua materna (mais ou menos como aquelas conversas entre mães sobre quando tirar a fralda, ha, ha, ha!). Conversas desse tipo são recorrentes e sempre geram controvérsias. A verdade é que cada um tem sua própria teoria sobre o assunto e, na maioria das vezes, acabamos mesmo agindo por instinto. Mas será que não podemos aprimorar esse uso?
No final das contas, a questão que acaba sempre pairando no ar é: precisamos usar a L1 tanto quanto às vezes usamos? Essa questão, por sua vez, nos leva a refletir: há mesmo necessidade de se usar a L2 o tempo todo?
Para falar sobre o assunto com um pouco mais de, digamos, "autoridade", vou fazer um recorte em nosso vasto universo do ensino de línguas, no qual destacarei o inglês no Ensino Fundamental I, ou seja, o inglês da escola para os pequenos-não-tão-pequenos. E eu faço esse recorte justamente porque creio que cada realidade é uma, cada objetivo é um, cada faixa etária é uma. Tenho também consciência de que, dentro desse recorte, há uma infinidade de realidades bastante distintas, mas acho que somente o fato de delimitar meu público um pouquinho já pode nos ajudar.
Também falo do ponto de vista de alguém que hoje observa aulas, mas que já esteve, por muito tempo, do outro lado. A vantagem de se observar é que podemos oferecer ao professor um ponto de vista de quem está do lado de fora da interação e observa todo potencial existente naquela sala, com aqueles alunos. Creio que eu e a Louise já falamos muito aqui a respeito do que pensamos sobre observação de aula e como ela é essencial para que o coordenador conheça as necessidades de sua equipe e acompanhe de perto o desenvolvimento de cada professor.
Enfim, voltando à nossa questão: dentro do recorte delimitado e tomando por base a experiência e a observação, como fica a questão do uso da língua materna?
Se nos colocarmos no lugar de uma criança de 6 anos, no primeiro ano do Ensino Fundamental, que chega à sala de aula e se depara com a professora falando inglês o tempo todo, é possível entender se essa criança de repente quiser sair correndo, ou começar a chorar, ou ainda a rir sem parar e não levar nada a sério simplesmente porque ela não sabe o que está acontecendo na maior parte do tempo. Este é um típico exemplo do exagero, do extremo oposto. Há que se conceder um tempo de adaptação para os pequenos, dentro do qual se ensina como vai ser, trabalha-se para que a criança se sinta confortável naquele ambiente e entenda o código estabelecido: na hora da aula, na hora de aprender, vamos falar o máximo possível em inglês. Quer dizer, o professor vai falar em inglês, porque os alunos, obviamente, ainda não conseguem e nem possuem insumo suficiente para isso. Entretanto, é essencial que trabalhemos sempre com a ideia da progressão: o que posso esperar que meus alunos que hoje ingressam no primeiro ano do FI sejam capazes de compreender e produzir ao final do ano letivo?
Sabemos também que nas demonstrações de afeto e em situações nas quais ainda se está construindo vínculos com os alunos, a língua materna é bem mais eficaz; em situações nas quais temos que lidar com problemas de comportamento, ela é muito mais rápida. É quase como se, ao usar a língua estrangeira, o professor estivesse incorporando uma personagem para um faz-de-conta e ao usar a LM, esse personagem dá lugar ao professor “de verdade”. É claro que isso aos poucos diminui, conforme a interação na língua estrangeira se torna mais natural. Mas é preciso tempo, paciência e a noção da progressão sobre a qual falamos acima.
Além da necessidade de se ter sempre em mente a progressão dos alunos, é preciso também trabalhar arduamente para se manter a interação na língua estrangeira como algo realmente eficiente para o aprendizado. Há que se ter muito cuidado com a linguagem: não é bom para os alunos facilitar demais e também não é bom se falarmos mais do que precisamos o tempo todo. Facilitar significa usar menos palavras e simplificar a linguagem, mas não significa falar demasiadamente devagar, modificando a pronúncia das palavras (problema bastante comum) e estrutura das sentenças para que os alunos “entendam”. Se vão entender algo somente ali na sala de aula com aquele professor, de que adianta?
Outro problema comum está na necessidade que temos em sentir que o aluno está entendendo tudo. Penso que faz parte do aprendizado que ele não entenda tudo hoje, mas entenda um pouco mais amanhã e mais ainda depois. Porém, essa construção só é possível se mantivermos a consistência do uso da língua estrangeira. “Eles não entendem o que eu digo” é um argumento muito superficial. E você ficaria surpreso em saber o quanto os alunos nos entendem. Só precisamos dar a eles um pouco mais de crédito e acreditar que é possível.
Vamos tentar?
Se você dá aulas de língua estrangeira há tempo suficiente (e esse tempo nem precisa ser tão longo), você provavelmente já se envolveu em algum tipo de discussão sobre usar ou não usar a língua materna na sala de aula, o quanto usar a língua materna, quando usar a língua materna, ou ainda a hora de certa de parar de usar a língua materna (mais ou menos como aquelas conversas entre mães sobre quando tirar a fralda, ha, ha, ha!). Conversas desse tipo são recorrentes e sempre geram controvérsias. A verdade é que cada um tem sua própria teoria sobre o assunto e, na maioria das vezes, acabamos mesmo agindo por instinto. Mas será que não podemos aprimorar esse uso?
No final das contas, a questão que acaba sempre pairando no ar é: precisamos usar a L1 tanto quanto às vezes usamos? Essa questão, por sua vez, nos leva a refletir: há mesmo necessidade de se usar a L2 o tempo todo?
Para falar sobre o assunto com um pouco mais de, digamos, "autoridade", vou fazer um recorte em nosso vasto universo do ensino de línguas, no qual destacarei o inglês no Ensino Fundamental I, ou seja, o inglês da escola para os pequenos-não-tão-pequenos. E eu faço esse recorte justamente porque creio que cada realidade é uma, cada objetivo é um, cada faixa etária é uma. Tenho também consciência de que, dentro desse recorte, há uma infinidade de realidades bastante distintas, mas acho que somente o fato de delimitar meu público um pouquinho já pode nos ajudar.
Também falo do ponto de vista de alguém que hoje observa aulas, mas que já esteve, por muito tempo, do outro lado. A vantagem de se observar é que podemos oferecer ao professor um ponto de vista de quem está do lado de fora da interação e observa todo potencial existente naquela sala, com aqueles alunos. Creio que eu e a Louise já falamos muito aqui a respeito do que pensamos sobre observação de aula e como ela é essencial para que o coordenador conheça as necessidades de sua equipe e acompanhe de perto o desenvolvimento de cada professor.
Enfim, voltando à nossa questão: dentro do recorte delimitado e tomando por base a experiência e a observação, como fica a questão do uso da língua materna?
Se nos colocarmos no lugar de uma criança de 6 anos, no primeiro ano do Ensino Fundamental, que chega à sala de aula e se depara com a professora falando inglês o tempo todo, é possível entender se essa criança de repente quiser sair correndo, ou começar a chorar, ou ainda a rir sem parar e não levar nada a sério simplesmente porque ela não sabe o que está acontecendo na maior parte do tempo. Este é um típico exemplo do exagero, do extremo oposto. Há que se conceder um tempo de adaptação para os pequenos, dentro do qual se ensina como vai ser, trabalha-se para que a criança se sinta confortável naquele ambiente e entenda o código estabelecido: na hora da aula, na hora de aprender, vamos falar o máximo possível em inglês. Quer dizer, o professor vai falar em inglês, porque os alunos, obviamente, ainda não conseguem e nem possuem insumo suficiente para isso. Entretanto, é essencial que trabalhemos sempre com a ideia da progressão: o que posso esperar que meus alunos que hoje ingressam no primeiro ano do FI sejam capazes de compreender e produzir ao final do ano letivo?
Sabemos também que nas demonstrações de afeto e em situações nas quais ainda se está construindo vínculos com os alunos, a língua materna é bem mais eficaz; em situações nas quais temos que lidar com problemas de comportamento, ela é muito mais rápida. É quase como se, ao usar a língua estrangeira, o professor estivesse incorporando uma personagem para um faz-de-conta e ao usar a LM, esse personagem dá lugar ao professor “de verdade”. É claro que isso aos poucos diminui, conforme a interação na língua estrangeira se torna mais natural. Mas é preciso tempo, paciência e a noção da progressão sobre a qual falamos acima.
Além da necessidade de se ter sempre em mente a progressão dos alunos, é preciso também trabalhar arduamente para se manter a interação na língua estrangeira como algo realmente eficiente para o aprendizado. Há que se ter muito cuidado com a linguagem: não é bom para os alunos facilitar demais e também não é bom se falarmos mais do que precisamos o tempo todo. Facilitar significa usar menos palavras e simplificar a linguagem, mas não significa falar demasiadamente devagar, modificando a pronúncia das palavras (problema bastante comum) e estrutura das sentenças para que os alunos “entendam”. Se vão entender algo somente ali na sala de aula com aquele professor, de que adianta?
Outro problema comum está na necessidade que temos em sentir que o aluno está entendendo tudo. Penso que faz parte do aprendizado que ele não entenda tudo hoje, mas entenda um pouco mais amanhã e mais ainda depois. Porém, essa construção só é possível se mantivermos a consistência do uso da língua estrangeira. “Eles não entendem o que eu digo” é um argumento muito superficial. E você ficaria surpreso em saber o quanto os alunos nos entendem. Só precisamos dar a eles um pouco mais de crédito e acreditar que é possível.
Vamos tentar?
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
What are you doing inside my classroom?
(Louise Emma Potter)
The culture of classroom observation, teacher feedback and discussions is more frequent in language schools than in private and public schools. Teachers are not used to having other people in their class other than their students. Classrooms are teacher’s private space, their small world to manage.
When we think of classroom observation, the first thing that comes to our mind is classroom performance. Evaluating the teacher. Coordinators inside the classroom. However, more and more schools are using classroom observation as a form of professional development to improve teaching practices and student performance. This time, no coordinators or principles can be seen sitting in the classrooms, only colleagues.
Classroom observation in schools is usually frowned upon. Teachers do not feel comfortable and are under the impression they are been watched and criticized. When teachers enter their own classrooms and close the door, the classroom becomes their own small hidden secret niche.
It is time to open up our classrooms and share all the great practices that are going on inside them.
It builds a collaborative and trust culture inside the school.
We need to change the concept that teaching is a private act. Sharing, exchanging ideas, watching other colleagues' practice can help teachers handle not only behaviour problems, but also opportunities to share successful teaching practices with peers.
In order for the teachers observing teachers practice to actually work and have a positive outcome, some primary aspects need to be taken into account:
• Teachers need to have some level of trust. Both sides need to understand that the reason to observe each other is to help and not scrutinize.
• Reasons to observe must be clear. Teachers should be observing student’s behaviour, different skills applied in order for students to achieve learning objectives, teacher/student interaction, resources used by the teacher, etc.
• Most important of all, there must be a discussion moment after the observation and then, a reflection upon the observer’s own practice.
• There is a growing atmosphere of trust between teachers inside the school.
• Teachers will begin to share ideas and suggestions openly and constructively.
• Helps less experienced teachers to develop their practice.
• It is a powerful tool for professional development.
• Teaches teachers to work collaboratively.
• Observers acknowledge different classroom management skills and different approaches that can lead to the achievement of the same goals.
Peer observation provides the teaching staff with an opportunity to reflect on and improve their teaching practices. It promotes supportive teaching relationships, collaborative work and enhances student’s learning.
I would definitely encourage you to put this into practice in your school.
The culture of classroom observation, teacher feedback and discussions is more frequent in language schools than in private and public schools. Teachers are not used to having other people in their class other than their students. Classrooms are teacher’s private space, their small world to manage.
When we think of classroom observation, the first thing that comes to our mind is classroom performance. Evaluating the teacher. Coordinators inside the classroom. However, more and more schools are using classroom observation as a form of professional development to improve teaching practices and student performance. This time, no coordinators or principles can be seen sitting in the classrooms, only colleagues.
Classroom observation in schools is usually frowned upon. Teachers do not feel comfortable and are under the impression they are been watched and criticized. When teachers enter their own classrooms and close the door, the classroom becomes their own small hidden secret niche.
It is time to open up our classrooms and share all the great practices that are going on inside them.
What is peer observation?
Peer observation is having a colleague come into your class and observe your practice and exchange ideas.
It builds a collaborative and trust culture inside the school.
Why is peer observation important?
“The most positive benefit of teacher-to-teacher observation is that it makes teaching a public rather than a private act." Stephanie Hirsh, executive director of Learning Forward.
We need to change the concept that teaching is a private act. Sharing, exchanging ideas, watching other colleagues' practice can help teachers handle not only behaviour problems, but also opportunities to share successful teaching practices with peers.
In order for the teachers observing teachers practice to actually work and have a positive outcome, some primary aspects need to be taken into account:
• Teachers need to have some level of trust. Both sides need to understand that the reason to observe each other is to help and not scrutinize.
• Reasons to observe must be clear. Teachers should be observing student’s behaviour, different skills applied in order for students to achieve learning objectives, teacher/student interaction, resources used by the teacher, etc.
• Most important of all, there must be a discussion moment after the observation and then, a reflection upon the observer’s own practice.
What are the benefits?
• Gives teachers an opportunity to learn from each other in a non-threatening environment.
• There is a growing atmosphere of trust between teachers inside the school.
• Teachers will begin to share ideas and suggestions openly and constructively.
• Helps less experienced teachers to develop their practice.
• It is a powerful tool for professional development.
• Teaches teachers to work collaboratively.
• Observers acknowledge different classroom management skills and different approaches that can lead to the achievement of the same goals.
Peer observation provides the teaching staff with an opportunity to reflect on and improve their teaching practices. It promotes supportive teaching relationships, collaborative work and enhances student’s learning.
I would definitely encourage you to put this into practice in your school.
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sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Cinco maus hábitos que precisamos parar agora!
(Juliana Tavares)
Nossa profissão, como qualquer outra, cria vícios que são muitas vezes inconscientes e difíceis de controlar. Eles podem ser coisinhas mínimas, sem importância, como por exemplo repetir a mesma expressão inúmeras vezes (lembra quando você era aluno e ficava contando quantas vezes seus professores repetiam determinada palavra na aula? Pois é, aquele professor pode ser você hoje!). Algumas vezes, porém, essas manias podem estar atrapalhando o aprendizado de seus alunos. Pensando em inúmeras observações de aula já feitas, assim como em coisas que ouvimos de colegas de profissão que têm consciência de suas falhas, selecionamos uma pequena lista de hábitos sobre os quais você deveria refletir. A melhor maneira de saber se você os pratica ou não é tendo sua aula observada por seu coordenador, seu colega, ou mesmo filmando você mesmo e assistindo depois. E aí, teacher? Vai encarar?
Você repete o que seus alunos falam
Echoing is annoying. Fato. É claro que a gente faz sem perceber, ou porque queremos corrigir a pronúncia de nossos alunos simplesmente fazendo com que eles ouçam a maneira correta. O problema é que isso aumenta seu teacher talking time e não serve para muita coisa. Se você quiser repetir o que seu aluno fala com as correções adequadas, então chame sua atenção para isso. Diga: You should say... e então use a forma correta. Mas não repita como um papagaio sem propósito algum.
Você facilita demais a linguagem com medo que o aluno não entenda o que diz
Esse problema é muito comum e penso que seja uma das coisas que mais atrapalham o desenvolvimento da compreensão oral nos alunos. Se você facilita a linguagem a ponto de transformá-la em algo que pessoas nativas não usariam na vida real, você não está ajudando seu aluno a treinar estratégias de compreensão. Ao contrário, você o expõe a uma linguagem que é possível apenas dentro da sala de aula. Desde o início o aluno dever estar ciente de que não precisa entender to-das-as-pa-la-vras que ouvir em inglês ou espanhol. O que conta é a compreensão da mensagem e a capacidade de se comunicar efetivamente. Com o tempo, ele vai sentir que compreende cada vez mais sem necessariamente você ter que se dirigir a ele como se ele fosse uma criança de três anos!
Você interrompe o aluno constantemente para corrigir o que ele diz
Que fique algo bem claro: não sou contra correção on the spot. Ela é necessária e ajuda o aluno a melhorar a precisão de sua gramática e pronúncia. Porém, há momentos nos quais o excesso de correções, principalmente as que interrompem o aluno a todo momento, não surtem o menor efeito e acabam por minar a motivação do aluno em se arriscar na língua. Em situações mais informais, como por exemplo, o aluno que encontra com você no corredor da escola e junta toda a coragem para começar uma conversa em inglês, ficar interrompendo a fala do pobrezinho a cada cinco segundos para corrigi-lo vai fazer com que ele nunca mais se arrisque na vida! Bom senso é a ordem em casos assim. Saibamos usá-lo.
Você faz elogios vazios
Nossa mania de dizer very good deveria ser estudada por psicólogos. O que exatamente isso significa? Vamos parar para refletir se nossos alunos realmente estão levando em conta um elogio que é repetido constantemente e em qualquer ocasião. Penso eu que eles já nem escutam mais quando falamos isso. Ao invés disso, prepare e pense em elogios e feedback que serão realmente úteis para seus alunos. Ao invés de dizer very good ao aluno que escreveu uma boa redação, diga como você gostou do parágrafo introdutório dele, ou como ele melhorou o uso do Present Perfect, por exemplo. Ao invés de very good para a aluna que falou quase sem cometer erros em um debate, diga: "You've made a fantastic point!" E veja as carinhas deles se iluminarem. Elogios bem pensados e com foco no que realmente o aluno fez direito são mais que meramente elogios, mas são parte importante de nossa avaliação sobre o desempenho de nossos alunos.
Você exige menos (ou mais) que seus alunos podem oferecer.
É complicado esse equilíbrio: se somos muito bonzinhos, nossos alunos não evoluem, acabam desmotivados e desistem de estudar. Se somos muito exigentes, a pressão pode fazer com que o aluno “espane” e desista da mesma forma, desta vez com a autoestima abalada – a pior coisa que pode acontecer. Porém, se estivermos atentos aos sinais, é possível perceber se estamos deixando a desejar nas demandas ou se, ao contrário, estamos exagerando nelas. É preciso ficarmos atentos às maneiras como nossos alunos reagem aos nossos estímulos: se é com tédio e falta de motivação, ou se é com ansiedade e preocupação.
Lembrar que nossos alunos possuem anseios, inseguranças e necessidades específicas nos ajuda a manter o foco e evitar os erros acima. Somos humanos em constante aprendizado, assim como nossos alunos. Refletir sobre nossa prática e sobre o que estamos fazendo para aprimorá-la cada vez mais é sinal de que queremos crescer, assim como nossos alunos! E então? O que você vai fazer para “matar” esses hábitos?
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sábado, 1 de outubro de 2016
Sobre a famigerada indisciplina escolar (e as coisas que dizemos a respeito dela)
“Esse menino é terrível!”, diz um professor aqui. “Gente, cadê os pais dessas crianças?”, esbraveja outro. “Eu acho que educação vem de casa e a gente não pode fazer o papel dos pais, era só o que faltava!”, vocifera mais um. Em qualquer sala de professores, tanto das escolas públicas quanto das particulares, essa conversa é bastante comum. A impressão que temos é que a indisciplina é muito pior na escola de hoje do que durante a época em que éramos alunos. Dentre as principais reclamações sobre disciplina estão a dificuldade dos professores em prender a atenção dos alunos e a falta de respeito por parte dos alunos para com o professor e demais funcionários da escola. As duas reclamações são bastante pertinentes e sabemos que o problema atrapalha o andamento das aulas e interfere na motivação do professor em fazer algo que demande algum tipo de inovação em sua prática. Porém, se ficarmos o tempo todo reclamando do estado das coisas sem procurarmos nos inteirar das razões pelas quais elas acontecem e, mais grave ainda, sem acreditarmos que podemos fazer algo para melhorar, nosso trabalho se torna maçante e nós nos tornamos profissionais sem paixão. E como podemos transmitir a paixão por aprender se não tivermos paixão por ensinar?
Presta atenção, menino!
Vamos à questão da falta de atenção. É impossível não notarmos que os alunos que chegam à escola hoje possuem coisas muito mais interessantes para fazer e ver em suas casas ou na casa de colegas. A tecnologia trouxe consigo um universo de infinitas possibilidades de exploração e descobertas, disponível para as crianças com apenas um toque nas telas de seus tablets. Além disso, o conhecimento, que antes tinha um lugar quase que exclusivo dentro do espaço escolar, passou a estar também prontinho para ser acessado dos smart phones. Se eu quiser saber quantos quilos pesa um bebê orca, tudo o que eu preciso ter a combinação apropriada de palavras em meu site de busca para encontrar essa informação. A pesquisa como tarefa de casa ganhou outro significado. Fazê-la é muito fácil e nada desafiador. Professor, acabei de ver no meu celular que um bebê orca pesa 200 kg. Próxima pergunta, por favor.
Portanto, para que nossos alunos se interessem por nossas aulas, é preciso, em primeiro lugar, que nossas aulas sejam mais interessantes. Isso significa que os conteúdos devem ser aproximados da realidade dos alunos, já que o acesso a eles pelo aluno não mais depende do professor. Cabe a nós utilizar a tecnologia a nosso favor, criando em nossa sala de aula um espaço no qual os alunos aprendam a compartilhar o que sabem, assim como a construir algo novo a partir do que sabem. Os fatos e as informações estão bastante acessíveis; resta agora ao professor mostrar como fazer algo produtivo com eles. Alunos produzindo dificilmente se comportam mal.
Educação vem de casa?
A frase acima, repetida como um mantra por professores já bastante frustrados com a questão da disciplina, nem sempre se aplica a determinados contextos. Muitas vezes o problema de falta de disciplina nem sempre se trata de má educação. É preciso entender que o aluno que ingressa na escola ainda não sabe como se comportar no espaço escolar. Todo comportamento é adquirido. É na escola que se ensina como se comportar na escola. O espaço escolar é diferente do espaço familiar. É claro que alunos carentes de limites dentro de casa serão mais difíceis de lidar na escola; porém, muito depende da coerência e da consistência de nós, os professores, desde as séries iniciais. Todos nós já trabalhamos com turmas que, por terem tido um professor mais permissivo, chegam a nossas mãos sem muitas habilidades sociais, autocontrole e postura adequados; da mesma forma, também às vezes recebemos turmas que são verdadeiros "presentes": alunos visivelmente acostumados com uma rotina e muito melhor disciplinados que a média. É muito fácil averiguar que tais turmas tiveram um professor mais comprometido com a disciplina.
Infelizmente, hoje em dia a competitividade e a preocupação em formar "para o mercado" atinge nossos alunos cada vez mais cedo. Consequentemente, vemos o conteúdo dominar as salas de aula precocemente, em detrimento do ensino das habilidades não cognitivas, da educação emocional, das relações sociais, etc.
A verdade é que a conquista da disciplina dentro da sala de aula é um trabalho diário, árduo e cujos resultados raramente são vistos por quem o iniciou. Esse trabalho faz parte de nossa missão mais importante como professores: educar para a vida. Pouco podemos fazer em relação ao fato de nossos alunos terem pais ausentes, pais permissivos ou pais negligentes. Porém, podemos pensar no que fazer para que esses alunos também tenham uma chance de aprender na escola o que deveria ser aprendido em casa. Tarefa difícil? Sem dúvida! Mas quem escolheu a profissão de educador não estava esperando algo fácil, estava?
terça-feira, 27 de setembro de 2016
As Vantagens da Educação Online para o Professor de Inglês
"Você trabalha também, ou só dá aula?" Difícil encontrar um professor que nunca ouviu essa pérola em sua vida. Como se não fôssemos ocupadíssimos com nossa profissão, pulando de uma escola para outra, preenchendo nossos horários da melhor e mais otimizada forma possível. Nessa atribulada rotina, fica bastante complicado encaixar um horário fixo para dedicarmos ao nosso desenvolvimento profissional. Dessa forma, cursos online ministrados 100% a distância e de forma assíncrona, tomam espaço cada vez mais espaço e ganham destaque dentre profissionais cujos horários são bastante ocupados, mas ao mesmo tempo flexíveis o suficiente para encaixar uma boa oportunidade de aprender mais.
Pensando nisso, a Teach-in Education criou dois cursos online para o desenvolvimento de profissionais de ensino de idiomas que desejam aprimorar seus conhecimentos, mas que não conseguem alocar um horário fixo para isso. Nossos cursos possuem a conveniência da modalidade EAD e são feitos sob medida para quem não abre mão da comodidade de poder estudar de qualquer lugar.
Nossos cursos foram elaborados levando em consideração os mais variados problemas que o professor de línguas no Brasil enfrenta. Como nosso trabalho envolve o contato direto com esses profissionais, sabemos de suas necessidades e das áreas nas quais há mais oportunidades de desenvolvimento.
Nossos cursos são ministrados em inglês. Nos links abaixo, você terá todas as informações que precisa: duração, valores e conteúdo programático para cada um deles, lembrando sempre que, uma vez matriculado, o aluno pode estudar a qualquer hora e de qualquer lugar, pois todo o conteúdo é disponibilizado ao mesmo tempo para a sua conveniência.
Saiba mais sobre nossos cursos aqui:
First Things First -Essntial Principles for Classroom Management - nova turma com início e 03/10/2016!
Beyond the Course Book - Using Alternative Resources to Enhance Learner Motivation
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sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Mindfulness in the Language classroom
Louise Emma Potter
The kids would not stop for one second. The girl´s group up front was chatting away deciding whether the books should be on or under their desks. One of the boys realised the teacher was going to show a video, so thought it would be helpful to turn off the lights in the middle of the teacher´s explanation. Three boys sitting in the middle section of the class decided to stand up and get something from their backpacks, which were at the back of the class. Meanwhile, the teacher was trying to explain the next activity. Complete chaos. The kids had just arrived from P.E classes. Does this outline a familiar picture?
In the scenario above, the children were stressed and anxious. They had just come back from a sports competition in their P.E class. However, even when their previous class had not been P.E., they were stressed and anxious. Their parents are stressed and anxious. Life is stressing. Parents are busy rushing their kids up and down and in and out of activities. Conversations tend to be always about schedules. What you are going to do and when. Moments of random conversation or even silence are rare nowadays. Classes have fixed schedules and teachers need to scram as much content as they can into a short period of time.
Studies have shown that in order to learn, children need to feel safe. Their minds need to be relaxed and their bodies need to be comfortable. Unfortunately, children seldom find themselves in these states. Schedules are overrated, family meals are scarce and healthy eating habits is now a world crisis.
As teachers, we are worried about getting our students engaged. We play games and motivate them to use the language. Warmups and TPR activities are essential to get our students involved and active. Language classes are noisy and they should be that way, is what we say.
However, sometimes less is more.
On occasions, starting the class with a calming activity is best than trying to get them straight into the classroom topic.
I believe teaching mindfulness is a must in the classroom nowadays. Mindfulness is a technique of mastering "living in the moment". It can be done at the beginning of a class, to calm students down and have them focus on what you want them to focus: your lesson.
Teachers might say, “We don´t have enough time. Our classes are 45 minutes long”. Again, I say…sometimes less is more. If you have 25 good minutes with your class, it is better than having 45 minutes of chaos.
Below are some ideas of how to put some simple mindfulness practices into your classroom:
Concentrating on breathing
As your students arrive from their previous class, have the lights dimmed down. Ask students to sit down and take deep breaths. By breathing deeply, our body calms down. Ask students to count to three as they inhale and count again to three as they exhale. They can put their hands on the chest and belly to feel the movement of their body.
Using the senses
Sensory experiences help children relax. Ask students to close their eyes and play a relaxing song in the background. Another example is to ask them to pay attention to all the sounds they can hear outside the classroom. You can use smell and taste as a way to make they focus. Have them taste different flavours. Play with dough, clay, cream and ask them to guess what they are holding. Use the target language to name the flavours, sound and senses of touch.
Using imagination
Ask your students to close their eyes and tell them a story. Have them imagine the person, place you are describing. Later on, you can ask them to draw what you described. Relate the story to the language/topic you are working on.
Explain to your students the theory that underlies these practices they are performing. You do not have to go into details; just remind them why they are being done. Your class will definitely have a different outcome. Share your experiences with me!
The kids would not stop for one second. The girl´s group up front was chatting away deciding whether the books should be on or under their desks. One of the boys realised the teacher was going to show a video, so thought it would be helpful to turn off the lights in the middle of the teacher´s explanation. Three boys sitting in the middle section of the class decided to stand up and get something from their backpacks, which were at the back of the class. Meanwhile, the teacher was trying to explain the next activity. Complete chaos. The kids had just arrived from P.E classes. Does this outline a familiar picture?
In the scenario above, the children were stressed and anxious. They had just come back from a sports competition in their P.E class. However, even when their previous class had not been P.E., they were stressed and anxious. Their parents are stressed and anxious. Life is stressing. Parents are busy rushing their kids up and down and in and out of activities. Conversations tend to be always about schedules. What you are going to do and when. Moments of random conversation or even silence are rare nowadays. Classes have fixed schedules and teachers need to scram as much content as they can into a short period of time.
Studies have shown that in order to learn, children need to feel safe. Their minds need to be relaxed and their bodies need to be comfortable. Unfortunately, children seldom find themselves in these states. Schedules are overrated, family meals are scarce and healthy eating habits is now a world crisis.
As teachers, we are worried about getting our students engaged. We play games and motivate them to use the language. Warmups and TPR activities are essential to get our students involved and active. Language classes are noisy and they should be that way, is what we say.
However, sometimes less is more.
On occasions, starting the class with a calming activity is best than trying to get them straight into the classroom topic.
I believe teaching mindfulness is a must in the classroom nowadays. Mindfulness is a technique of mastering "living in the moment". It can be done at the beginning of a class, to calm students down and have them focus on what you want them to focus: your lesson.
Teachers might say, “We don´t have enough time. Our classes are 45 minutes long”. Again, I say…sometimes less is more. If you have 25 good minutes with your class, it is better than having 45 minutes of chaos.
Below are some ideas of how to put some simple mindfulness practices into your classroom:
Concentrating on breathing
As your students arrive from their previous class, have the lights dimmed down. Ask students to sit down and take deep breaths. By breathing deeply, our body calms down. Ask students to count to three as they inhale and count again to three as they exhale. They can put their hands on the chest and belly to feel the movement of their body.
Using the senses
Sensory experiences help children relax. Ask students to close their eyes and play a relaxing song in the background. Another example is to ask them to pay attention to all the sounds they can hear outside the classroom. You can use smell and taste as a way to make they focus. Have them taste different flavours. Play with dough, clay, cream and ask them to guess what they are holding. Use the target language to name the flavours, sound and senses of touch.
Using imagination
Ask your students to close their eyes and tell them a story. Have them imagine the person, place you are describing. Later on, you can ask them to draw what you described. Relate the story to the language/topic you are working on.
Explain to your students the theory that underlies these practices they are performing. You do not have to go into details; just remind them why they are being done. Your class will definitely have a different outcome. Share your experiences with me!
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Implementing the 7 C’s into our language classroom
(Louise Potter)
The world is changing at a faster pace than we can actually handle. By the time we master an app, thousands more have already been launched. New words are constantly being added to the English language even as you are reading this article. When we are under the impression we have finally reached a stage in life when we can relax a little and rely on all that we have learned up to this moment, life shows us that we only actually know 5% of what there is out there to learn, no matter what area of expertise we work in.
We live in an immensely diversified world. People come from different backgrounds, speak languages we sometimes have not even heard of and some of us want to accomplish plans others would never dream of in a lifetime!
However, schools are still teaching as if we lived in the industrial era. Students sit, staring at each other’s backs, listening to teachers lecture. Students learn the same content, at the same pace, and are being tested for something they will probably never use in their careers or lifetimes.
In order to prepare our students, who live in a bubble under their parent’s and school’s supervision, we need to go beyond content, curriculum and course books. We need to change the way we teach. Easy? Definitely not!
Some teachers understand this change and try to overcome it by adding fascinating topics to their curricula, or maybe by learning how to use an outstanding technological tool and implementing it into the classroom, making students a little less passive inside the class.
A shift in our fixed teaching mindset and attitude has to take place. What teachers do not realise is that when we implement the 7 C’s, we do not have to add anything to the class. We have all we need. The change is in our approach, our attitude, our mindset, in the questions we ask, and most of all, how we ask certain questions. We do not need students to answer questions, but prepare them to ask the essential questions. This prepares them more for their future than counting on content-based classes where students are supposed to raise their hands in order to answer the teacher’s inquiries.
Speaking of the 7C’s, which are they?
Critical thinking – it relates to problem solving, analysing solutions and project-based learning;
Communication – it relates to teaching students how to do oral presentations, work on their inter-personal relationships and how to use the medias in a sensible manner;
Collaboration – this skill helps students understand how to work in groups and the importance of teamwork, compromise, understanding and accepting;
Cross-cultural understanding - understanding other cultures helps students reflect upon their own culture; tolerance and acceptance are aspects we need to work on inside our classrooms;
Computing – Effective use technology-related tools;
Career - working on life-long learning;
Creativity – classrooms need to build on students’ creativity, design learning, implementing strategies for artful presentations.
If we are able to spice up our classes by having a little more student agency and less teacher-centeredness, designing activities so they include the seven points mentioned above, teachers will spend less time having to worry about engaging and motivating students. Much has to be changed regarding what we are doing in the classroom. Our roles have changed. Instead of demanding certain attitudes from students, they should be able to decide how they want to learn. Our role is to guide them along the way. The education system is shifting, and as we all know, when things shift, things shake. Changes will always cause clashes and meet up with big resistances.
Course books should be used as a guide and our students’ interests as the main input in our classes. Having clear goals in our minds related to grammar points or functions, clear views of our students’ interests, instruction that is based on creative activities where students can be agents of their learning is a good start. The shift from teacher-centered to student-centered classes is much easier said than done. Nevertheless, we need to begin sometime. Here are some ideas:
• Changing the way we ask questions in the classroom. Have students ask the questions;
• Working more on well-designed projects;
• Having clear learning goals beyond the language;
• Using learning centers for mixed-ability classes;
• Having students teach their own peers;
• Having students work more in groups and collaborating with each other;
• Teaching culture through language;
• Allowing students to be creative and use their own learning styles in presenting their work;
• Bringing the world into the classroom;
• Differentiating your instruction within the three phases (content, process and product);
• Allowing space for students to be active and agents of their learning process.
If our students do not learn the way we are teaching, we definitely need to change the way we teach. Students of the 21st century have skills we teachers do not yet embrace. It is time we do so. It is not an easy task; in fact, the shift is quite drastic. However, language should be the means of leaning a topic and not the end product.
The world is changing at a faster pace than we can actually handle. By the time we master an app, thousands more have already been launched. New words are constantly being added to the English language even as you are reading this article. When we are under the impression we have finally reached a stage in life when we can relax a little and rely on all that we have learned up to this moment, life shows us that we only actually know 5% of what there is out there to learn, no matter what area of expertise we work in.
We live in an immensely diversified world. People come from different backgrounds, speak languages we sometimes have not even heard of and some of us want to accomplish plans others would never dream of in a lifetime!
However, schools are still teaching as if we lived in the industrial era. Students sit, staring at each other’s backs, listening to teachers lecture. Students learn the same content, at the same pace, and are being tested for something they will probably never use in their careers or lifetimes.
In order to prepare our students, who live in a bubble under their parent’s and school’s supervision, we need to go beyond content, curriculum and course books. We need to change the way we teach. Easy? Definitely not!
Some teachers understand this change and try to overcome it by adding fascinating topics to their curricula, or maybe by learning how to use an outstanding technological tool and implementing it into the classroom, making students a little less passive inside the class.
A shift in our fixed teaching mindset and attitude has to take place. What teachers do not realise is that when we implement the 7 C’s, we do not have to add anything to the class. We have all we need. The change is in our approach, our attitude, our mindset, in the questions we ask, and most of all, how we ask certain questions. We do not need students to answer questions, but prepare them to ask the essential questions. This prepares them more for their future than counting on content-based classes where students are supposed to raise their hands in order to answer the teacher’s inquiries.
Speaking of the 7C’s, which are they?
Critical thinking – it relates to problem solving, analysing solutions and project-based learning;
Communication – it relates to teaching students how to do oral presentations, work on their inter-personal relationships and how to use the medias in a sensible manner;
Collaboration – this skill helps students understand how to work in groups and the importance of teamwork, compromise, understanding and accepting;
Cross-cultural understanding - understanding other cultures helps students reflect upon their own culture; tolerance and acceptance are aspects we need to work on inside our classrooms;
Computing – Effective use technology-related tools;
Career - working on life-long learning;
Creativity – classrooms need to build on students’ creativity, design learning, implementing strategies for artful presentations.
If we are able to spice up our classes by having a little more student agency and less teacher-centeredness, designing activities so they include the seven points mentioned above, teachers will spend less time having to worry about engaging and motivating students. Much has to be changed regarding what we are doing in the classroom. Our roles have changed. Instead of demanding certain attitudes from students, they should be able to decide how they want to learn. Our role is to guide them along the way. The education system is shifting, and as we all know, when things shift, things shake. Changes will always cause clashes and meet up with big resistances.
Course books should be used as a guide and our students’ interests as the main input in our classes. Having clear goals in our minds related to grammar points or functions, clear views of our students’ interests, instruction that is based on creative activities where students can be agents of their learning is a good start. The shift from teacher-centered to student-centered classes is much easier said than done. Nevertheless, we need to begin sometime. Here are some ideas:
• Changing the way we ask questions in the classroom. Have students ask the questions;
• Working more on well-designed projects;
• Having clear learning goals beyond the language;
• Using learning centers for mixed-ability classes;
• Having students teach their own peers;
• Having students work more in groups and collaborating with each other;
• Teaching culture through language;
• Allowing students to be creative and use their own learning styles in presenting their work;
• Bringing the world into the classroom;
• Differentiating your instruction within the three phases (content, process and product);
• Allowing space for students to be active and agents of their learning process.
If our students do not learn the way we are teaching, we definitely need to change the way we teach. Students of the 21st century have skills we teachers do not yet embrace. It is time we do so. It is not an easy task; in fact, the shift is quite drastic. However, language should be the means of leaning a topic and not the end product.
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terça-feira, 2 de agosto de 2016
Formação continuada – Por que o desenvolvimento profissional protege nossa profissão
(Juliana Tavares)
Um dia desses eu estava com um pequeno abacaxi nas mãos: precisava de um médico em outra cidade, onde não conhecia muita gente. Sem saber por onde começar, pois não conhecia nenhum dos profissionais que cadastrados em meu convênio, resolvi acionar o Mr. Google e estudar as informações disponíveis sobre eles antes de tomar uma decisão. Sobre alguns, poucas coisas relevantes, além de várias ocorrências nos catálogos médicos. De outros era possível visualizar um currículo Lattes e algumas aparições em congressos. Para outros, no entanto, a lista de publicações, entrevistas, artigos e referências era bastante extensa. No final das contas, esses últimos foram os selecionados para uma pesquisa mais cuidadosa, que incluía endereços e perguntas a outros médicos conhecidos. Porém, pela primeira seleção, só passaram aqueles sobre os quais encontrei informações positivas e relevantes quanto a sua formação.
Escolher um profissional que vai cuidar de sua saúde não é fácil. É claro que a internet nos oferece a grande vantagem da informação e da pesquisa, algo que vinte anos atrás era impossível. Também concordo, em parte, com aqueles que argumentam que nem sempre boa formação significa bom profissional. Em parte. Tenho certeza que, se dois currículos fossem postos diante de você para uma escolha “cega”, você escolheria o que apresentasse melhor experiência e formação. A boa formação conta. E quando ela é boa de verdade, ela faz muita diferença. O profissional que não para no tempo, que recicla sua prática, que acredita na impermanência das coisas e no quanto ainda tem para aprender, sempre será um profissional mais completo e mais qualificado. E isso não vale apenas para médicos, mas para qualquer profissional.
Pensando em tudo isso, minha pergunta é: se desenvolvimento profissional contínuo é tão importante para médicos, advogados, engenheiros, pintores e arquitetos, por que seria diferente com o professor, em particular com o professor de idiomas? E mais: por que ainda existe tanto professor que não atribui a importância devida a esse assunto?
Não há espaço suficiente para responder a essas perguntas. Acredito que as respostas sejam as mais variadas, abrindo espaço para bastante controvérsia e discussões interessantes. Porém, ao invés de ficar buscando razões para o problema da formação continuada, vou procurar elencar algumas razões que justificariam a busca pelo desenvolvimento profissional como forma de fortalecer a profissão de professor. Vamos pensar no desenvolvimento profissional como uma ferramenta poderosa para o profissional, cujo caminho será determinado por ele, de acordo com o que move sua paixão. Se após essas razões você ainda não quiser continuar melhorando sempre, talvez seja a hora de repensar sua carreira...
Desenvolvimento profissional gera autoconfiança
Professores cuja prática é respaldada em informações, estudos e ideias sólidas são mais autoconfiantes e críticos. Precisamos dessas qualidades se quisermos ser exemplos para nossos alunos.
Desenvolvimento profissional aumenta a motivação do professor
Você já teve aquela sensação, após sair de um workshop ou terminar um curso, de querer colocar tudo em prática o mais rápido possível? Sempre que aprendo alguma coisa nova, fico pensando em como posso aplicá-la em minhas aulas, ou com minha equipe de professores. Então me vejo tão empolgada com minha profissão que me pergunto o que eu seria se não fosse professora! Essa motivação é muito importante para qualquer profissional, pois nos dá forças para continuar atuando apesar das dificuldades e, sejamos honestos, em nossa profissão elas são abundantes!
Desenvolvimento profissional ajuda a valorizar a profissão
Infelizmente, a profissão de professor não é sinônimo de prestígio e valorização em nosso país. Sentimos na pele esse problema, todos os dias. Mas e se todos os professores pudessem investir em mais formação e desenvolvimento? Creio que o panorama de nossa profissão seria bem diferente. Fala-se muito hoje sobre a palavra empoderamento; informação, conhecimento e qualificação geram poder. Nossa profissão precisa se empoderar para ter a força e o reconhecimento necessários para exigir o valor e o respeito que merece.
Desenvolvimento profissional aumenta nosso grau de exigência
Quando nos tornamos profissionais mais exigentes e críticos, podemos reivindicar com autoridade o que precisamos em nosso contexto de ensino. Buscamos instituições sérias, que nos respeitam e retribuem nosso comprometimento. Entendemos a importância de nosso papel e nos prontificamos a trabalhar pelo bem coletivo, sem nos contentar com menos que o merecido. Exigimos mais de nós e de todo o contexto ao nosso redor.
Quais as consequências dessa atitude para nossa profissão? Ensino de qualidade, professores melhor remunerados, melhor ambiente de trabalho, para mencionar apenas algumas. Embora tais mudanças não ocorram de um dia para o outro, nem dependam exclusivamente de nós, professores, é importantíssimo que estejamos conscientes de nossa parte no processo. Você está pronto?
Um dia desses eu estava com um pequeno abacaxi nas mãos: precisava de um médico em outra cidade, onde não conhecia muita gente. Sem saber por onde começar, pois não conhecia nenhum dos profissionais que cadastrados em meu convênio, resolvi acionar o Mr. Google e estudar as informações disponíveis sobre eles antes de tomar uma decisão. Sobre alguns, poucas coisas relevantes, além de várias ocorrências nos catálogos médicos. De outros era possível visualizar um currículo Lattes e algumas aparições em congressos. Para outros, no entanto, a lista de publicações, entrevistas, artigos e referências era bastante extensa. No final das contas, esses últimos foram os selecionados para uma pesquisa mais cuidadosa, que incluía endereços e perguntas a outros médicos conhecidos. Porém, pela primeira seleção, só passaram aqueles sobre os quais encontrei informações positivas e relevantes quanto a sua formação.
Escolher um profissional que vai cuidar de sua saúde não é fácil. É claro que a internet nos oferece a grande vantagem da informação e da pesquisa, algo que vinte anos atrás era impossível. Também concordo, em parte, com aqueles que argumentam que nem sempre boa formação significa bom profissional. Em parte. Tenho certeza que, se dois currículos fossem postos diante de você para uma escolha “cega”, você escolheria o que apresentasse melhor experiência e formação. A boa formação conta. E quando ela é boa de verdade, ela faz muita diferença. O profissional que não para no tempo, que recicla sua prática, que acredita na impermanência das coisas e no quanto ainda tem para aprender, sempre será um profissional mais completo e mais qualificado. E isso não vale apenas para médicos, mas para qualquer profissional.
Pensando em tudo isso, minha pergunta é: se desenvolvimento profissional contínuo é tão importante para médicos, advogados, engenheiros, pintores e arquitetos, por que seria diferente com o professor, em particular com o professor de idiomas? E mais: por que ainda existe tanto professor que não atribui a importância devida a esse assunto?
Não há espaço suficiente para responder a essas perguntas. Acredito que as respostas sejam as mais variadas, abrindo espaço para bastante controvérsia e discussões interessantes. Porém, ao invés de ficar buscando razões para o problema da formação continuada, vou procurar elencar algumas razões que justificariam a busca pelo desenvolvimento profissional como forma de fortalecer a profissão de professor. Vamos pensar no desenvolvimento profissional como uma ferramenta poderosa para o profissional, cujo caminho será determinado por ele, de acordo com o que move sua paixão. Se após essas razões você ainda não quiser continuar melhorando sempre, talvez seja a hora de repensar sua carreira...
Desenvolvimento profissional gera autoconfiança
Professores cuja prática é respaldada em informações, estudos e ideias sólidas são mais autoconfiantes e críticos. Precisamos dessas qualidades se quisermos ser exemplos para nossos alunos.
Desenvolvimento profissional aumenta a motivação do professor
Você já teve aquela sensação, após sair de um workshop ou terminar um curso, de querer colocar tudo em prática o mais rápido possível? Sempre que aprendo alguma coisa nova, fico pensando em como posso aplicá-la em minhas aulas, ou com minha equipe de professores. Então me vejo tão empolgada com minha profissão que me pergunto o que eu seria se não fosse professora! Essa motivação é muito importante para qualquer profissional, pois nos dá forças para continuar atuando apesar das dificuldades e, sejamos honestos, em nossa profissão elas são abundantes!
Desenvolvimento profissional ajuda a valorizar a profissão
Infelizmente, a profissão de professor não é sinônimo de prestígio e valorização em nosso país. Sentimos na pele esse problema, todos os dias. Mas e se todos os professores pudessem investir em mais formação e desenvolvimento? Creio que o panorama de nossa profissão seria bem diferente. Fala-se muito hoje sobre a palavra empoderamento; informação, conhecimento e qualificação geram poder. Nossa profissão precisa se empoderar para ter a força e o reconhecimento necessários para exigir o valor e o respeito que merece.
Desenvolvimento profissional aumenta nosso grau de exigência
Quando nos tornamos profissionais mais exigentes e críticos, podemos reivindicar com autoridade o que precisamos em nosso contexto de ensino. Buscamos instituições sérias, que nos respeitam e retribuem nosso comprometimento. Entendemos a importância de nosso papel e nos prontificamos a trabalhar pelo bem coletivo, sem nos contentar com menos que o merecido. Exigimos mais de nós e de todo o contexto ao nosso redor.
Quais as consequências dessa atitude para nossa profissão? Ensino de qualidade, professores melhor remunerados, melhor ambiente de trabalho, para mencionar apenas algumas. Embora tais mudanças não ocorram de um dia para o outro, nem dependam exclusivamente de nós, professores, é importantíssimo que estejamos conscientes de nossa parte no processo. Você está pronto?
sábado, 23 de julho de 2016
Engaging and motivating students to keep them truly committed to learning
(Juliana Tavares)
Engaging and motivating students to learn, along with classroom management, is probably the biggest challenge teachers face today. How can we make our students actually enjoy what we teach and be engaged in the classroom? Moreover, how can our job make them motivated enough to learn on their own?
For starters, let us try to remember ourselves as students. If we stop to think about it, we will realize that we have many things in common with our students today, even though a lot has changed since we were in school. However, we always remember the subjects for which we had the best and the worst teachers. That is probably because what really draws our attention and gets us involved in learning is how meaningful what we are learning is to us. Does it “speak” to us in any way? How important is it to our lives? What are we going to do with it? How can we apply it to our lives?
The role of the teacher in engaging students and making the subject meaningful consists of, basically, enabling students to find the answers to these questions in what we teach them. When we are successful engaging students in what we teach, we can see their growing motivation day by day.
In order to do that, teachers themselves must be involved with what they are teaching. Otherwise, how are you going to make your students fall in love with something that does not do anything for you? We have selected some tips that can help you engage your students:
Student engagement happens through communication
Students can sense when we are genuinely interested in they have to say, in what they like and do not like, in how they learn best. If I am able to show them I care, there is not much else that needs to be done. Listening is also the best way to truly get to know your students. Once this happens, you will be able to suit your classes to their profiles and make learning meaningful.
Student engagement depends on rapport
In order to build rapport with your students, you must use your personality, sense of humor and charisma. None of this is easy unless you are genuinely willing to do it. Do not take for granted that students will be involved in your classes just because they have to. Give them reasons to do so. Rapport only happens when you are able to make a positive connection with your students, based on their feelings for you. It depends very much on honesty and openness, and it cannot be faked.
Student engagement depends on your own engagement
As we said before, rapport leads to motivation. However, students can easily read your feelings, and they will be able to tell whether you are truly engaged in your classes or just there because they have to be. Therefore, finding passion in what to do is key to fostering motivation and engagement in your students.
What do you think? What else would you add to this list? Do you feel you're engaging your students?
Take a look at more ideas here and talk to us!
Engaging and motivating students to learn, along with classroom management, is probably the biggest challenge teachers face today. How can we make our students actually enjoy what we teach and be engaged in the classroom? Moreover, how can our job make them motivated enough to learn on their own?
For starters, let us try to remember ourselves as students. If we stop to think about it, we will realize that we have many things in common with our students today, even though a lot has changed since we were in school. However, we always remember the subjects for which we had the best and the worst teachers. That is probably because what really draws our attention and gets us involved in learning is how meaningful what we are learning is to us. Does it “speak” to us in any way? How important is it to our lives? What are we going to do with it? How can we apply it to our lives?
The role of the teacher in engaging students and making the subject meaningful consists of, basically, enabling students to find the answers to these questions in what we teach them. When we are successful engaging students in what we teach, we can see their growing motivation day by day.
In order to do that, teachers themselves must be involved with what they are teaching. Otherwise, how are you going to make your students fall in love with something that does not do anything for you? We have selected some tips that can help you engage your students:
Student engagement happens through communication
Students can sense when we are genuinely interested in they have to say, in what they like and do not like, in how they learn best. If I am able to show them I care, there is not much else that needs to be done. Listening is also the best way to truly get to know your students. Once this happens, you will be able to suit your classes to their profiles and make learning meaningful.
Student engagement depends on rapport
In order to build rapport with your students, you must use your personality, sense of humor and charisma. None of this is easy unless you are genuinely willing to do it. Do not take for granted that students will be involved in your classes just because they have to. Give them reasons to do so. Rapport only happens when you are able to make a positive connection with your students, based on their feelings for you. It depends very much on honesty and openness, and it cannot be faked.
Student engagement depends on your own engagement
As we said before, rapport leads to motivation. However, students can easily read your feelings, and they will be able to tell whether you are truly engaged in your classes or just there because they have to be. Therefore, finding passion in what to do is key to fostering motivation and engagement in your students.
What do you think? What else would you add to this list? Do you feel you're engaging your students?
Take a look at more ideas here and talk to us!
terça-feira, 12 de julho de 2016
Are teacher trainers really necessary?
(Louise Emma Potter)
When I first became a language teacher, in the 1980s, not much thought was put into the theory that underlies what it is to be or become a teacher. I was very intuitive, my students seemed to enjoy my classes, were very participative and, most important of all, they were learning the language. I was hard working and extremely committed to my job. At that time, I could not see the necessity of having a theoretical background for my classroom practice. I had the course book, I was creative, I spoke the language fluently, I planned my classes carefully. Intuition was my guidance.
Nearly 30 years have gone by.
Ironically, teacher training has become my life. If I had known then what I know now, I believe my students would have become much better learners and speakers of the foreign language they were attempting to learn.
As Russell and Munby (1991, p. 164) point out: “Ask any teacher or professor, ‘How did you learn to teach?’ As likely as not, the response will be ‘by teaching’ or ‘by experience’, and little more will follow, as though the answer were obvious and unproblematic. While there is an implicit acknowledgement that actions and performances can be learned through or by experience, there is little understanding of how this comes about.”
The premise that teaching ability is something innate is very mistaken. Some people are born to be teachers. We have all met someone who cannot be seen, other than inside a classroom. On the other hand, most of the teachers we encounter in our education system are ones who have a university degree in Education, have been teaching ever since, however, need help to make that jump from being an ordinary teacher to a great one.
Teaching can and should be taught. Not only during the university courses, but throughout the whole career. When teachers adventure out to teach their first class coming fresh out of their university courses, they are able to put into practice a little of what they learned and a lot of it they pick up on the job, from their own experience. After a few years, they learn how to pull the strings so that the students learn what they are supposed to learn in that year. However, after some time, teachers tend to settle down into a comfort zone of underestimating what our students are able to learn.
Teaching can and should be taught. Teaching is an extremely complex profession, dealing with many different skills that need to be mastered, not only by the knowledge of theories, but also by being guided through by trainers with pedagogical methods, self- assessment sessions, classroom observation, guidance and view. There is no such thing as a bad teacher. I would say there is a lack of interest by many schools who are neglecting their most important students: their teachers.
Teaching can and should be taught. As teachers, our main objective is not to teach students a certain content, but teach them how to learn that certain content. In order to do so, different aspects of teaching must be taken into consideration: pedagogical content knowledge, collaborative work, knowledge of multiple intelligences, classroom management, theories of teaching and learning, reflective teaching, feedback sessions and many more. How is a teacher able to do all this without guidance and training on a daily basis?
With the advent of technology, so much more can be done for our students, and even more for the teachers. To be a teacher means to never stop learning and it makes it so much easier if you have someone to guide you on this exciting path of constant research.
Are teacher trainers really necessary? Yes! Definetely. Big changes are needed in schools. Classroom observations with critical and constructive feedbacks, teachers with clear goals and procedures on how to reach that goal, teachers encouraging students to think critically, teachers with clear classroom management and instructional skills. We have a long way to go!
When I first became a language teacher, in the 1980s, not much thought was put into the theory that underlies what it is to be or become a teacher. I was very intuitive, my students seemed to enjoy my classes, were very participative and, most important of all, they were learning the language. I was hard working and extremely committed to my job. At that time, I could not see the necessity of having a theoretical background for my classroom practice. I had the course book, I was creative, I spoke the language fluently, I planned my classes carefully. Intuition was my guidance.
Nearly 30 years have gone by.
Ironically, teacher training has become my life. If I had known then what I know now, I believe my students would have become much better learners and speakers of the foreign language they were attempting to learn.
As Russell and Munby (1991, p. 164) point out: “Ask any teacher or professor, ‘How did you learn to teach?’ As likely as not, the response will be ‘by teaching’ or ‘by experience’, and little more will follow, as though the answer were obvious and unproblematic. While there is an implicit acknowledgement that actions and performances can be learned through or by experience, there is little understanding of how this comes about.”
The premise that teaching ability is something innate is very mistaken. Some people are born to be teachers. We have all met someone who cannot be seen, other than inside a classroom. On the other hand, most of the teachers we encounter in our education system are ones who have a university degree in Education, have been teaching ever since, however, need help to make that jump from being an ordinary teacher to a great one.
Teaching can and should be taught. Not only during the university courses, but throughout the whole career. When teachers adventure out to teach their first class coming fresh out of their university courses, they are able to put into practice a little of what they learned and a lot of it they pick up on the job, from their own experience. After a few years, they learn how to pull the strings so that the students learn what they are supposed to learn in that year. However, after some time, teachers tend to settle down into a comfort zone of underestimating what our students are able to learn.
Teaching can and should be taught. Teaching is an extremely complex profession, dealing with many different skills that need to be mastered, not only by the knowledge of theories, but also by being guided through by trainers with pedagogical methods, self- assessment sessions, classroom observation, guidance and view. There is no such thing as a bad teacher. I would say there is a lack of interest by many schools who are neglecting their most important students: their teachers.
Teaching can and should be taught. As teachers, our main objective is not to teach students a certain content, but teach them how to learn that certain content. In order to do so, different aspects of teaching must be taken into consideration: pedagogical content knowledge, collaborative work, knowledge of multiple intelligences, classroom management, theories of teaching and learning, reflective teaching, feedback sessions and many more. How is a teacher able to do all this without guidance and training on a daily basis?
With the advent of technology, so much more can be done for our students, and even more for the teachers. To be a teacher means to never stop learning and it makes it so much easier if you have someone to guide you on this exciting path of constant research.
Are teacher trainers really necessary? Yes! Definetely. Big changes are needed in schools. Classroom observations with critical and constructive feedbacks, teachers with clear goals and procedures on how to reach that goal, teachers encouraging students to think critically, teachers with clear classroom management and instructional skills. We have a long way to go!
quarta-feira, 6 de julho de 2016
O “Inglês da escola” e o paradigma da insuficiência
(Juliana Tavares)
As frases listadas abaixo resumem o que mais comumente ouço quando converso com pais de alunos, próximos ou não, a respeito do aprendizado de inglês dentro das escolas da rede pública e particular:
“Quando ela ficar um pouco mais velha eu vou colocar no inglês porque o inglês da escola é muito fraco.”
“As crianças da turma dele são bem avançadas porque a maioria faz inglês fora.”
“Na escola não dá para aprender inglês, com aquela bagunça e aquele monte de aluno. Tem que colocar na escola de inglês mesmo.”
“Eles têm inglês, mas são duas aulas por semana. E a professora é muito fraca.”
Essas frases possuem algo em comum: todas elas refletem uma descrença no ensino de língua estrangeira nas escolas regulares. Já falamos aqui sobre os principais problemas que identificamos nas áreas de idiomas das escolas e não é nosso propósito negar a existência deles. Sabemos também que, para fazer de fato a diferença, o ensino de língua estrangeira deve ser muito bem fundamentado em formação contínua e busca por resultados.
Porém, se formos destrinchar essas frases com mais cuidado, identificamos um conjunto de crenças (ou descrenças) que formam o que vou chamar de paradigma da insuficiência: a ideia de que o inglês ensinado nas escolas nunca será bom o suficiente e precisa ser “reforçado” com a escola de idiomas. O problema com esse paradigma está no triste fato de que, não importa o que é feito na escola em prol da qualidade, ele parece perdurar com muito mais força. É como se o problema de qualidade no ensino fosse algo exclusivo das línguas estrangeiras, já que nunca ouvi ninguém dizer que vai colocar seu filho em uma “escola de história” porque a “história na escola é fraca”. Além de desqualificar o ensino de inglês, essas crenças também desqualificam o professor. Afinal de contas, se o inglês é fraco, de quem é a culpa?
Não se sabe dizer ao certo quando esse discurso começou a se espalhar, mas muita gente já pesquisou e escreveu sobre o assunto (veja referências interessantes aqui). De fato, grande parte dele foi construído devido à má qualidade do ensino em geral. Entretanto, creio que o ensino de inglês sofre um pouco mais com isso, porque saber um idioma já se configurou condição si ne qua non para a conquista do mercado de trabalho. Portanto, se “não se aprende” na escola, há de se aprender em algum lugar, pois sem inglês não se sobrevive no mercado (come se as demais disciplinas não fossem também essenciais em seu conjunto de habilidades!).
Isso nos leva a refletir um pouco mais a fundo sobre o real papel das línguas estrangeiras na escola. O que a maioria dos pais provavelmente desconhece é que a função dos idiomas na Educação é (ou ao menos deveria ser) muito mais complexa do que o proposto nas escolas de idiomas! Que dentro da escola devemos estabelecer diálogo com outras disciplinas, trabalhar com habilidades não-cognitivas, inserir a cultura dos países falantes da língua de maneira mais aprofundada, desenvolver o pensamento crítico, etc. Em outras palavras: ensinar uma língua não se resume a ensinar a falar uma língua. E é exatamente por isso que não se deve comparar o trabalho feito nas BOAS escolas de línguas com o trabalho desenvolvido dentro das escolas regulares. Ainda assim, é preciso melhorar muito o que é feito hoje. Porém, para melhorar, é preciso que haja valorização, tanto por parte dos pais, quanto por parte da própria escola como um todo (professores, direção e alunos). É preciso que a importância das línguas estrangeiras na escola pública e particular seja reconhecida, e que essas disciplinas obtenham o mesmo status das demais. Somente dessa forma poderemos caminhar rumo a um ensino de idiomas sério e de qualidade.
terça-feira, 28 de junho de 2016
A sala de aula de cabeça para baixo – entendendo o conceito de flipped classroom
Flipped classroom, conceito que pode ser livremente traduzido como
aula invertida, consiste de um modelo pedagógico no qual a ordem de
apresentação de conteúdo e prática são invertidas, de forma que o aluno
trabalha em casa com as instruções dadas pelo professor, via de regra
através do computador, para depois fazer as tarefas dentro da sala de
aula de forma colaborativa.
Em outras palavras, a parte expositiva é assistida pelos alunos em casa, quantas vezes acharem necessário e nos horários que puderem. Posteriormente, os alunos trabalham com a aplicação dos conteúdos em sala de aula, enquanto o lugar do professor passa a ser entre os alunos, monitorando e fornecendo o suporte necessário.
Quais são as vantagens desse modelo? Em primeiro lugar, o papel do professor passa a ser, de fato, o de facilitador do aprendizado e a sala de aula passa a ser o lugar da experimentação, da resolução de problemas e dúvidas, da aplicação dos conceitos e da construção de conhecimento. Ao invés de perder tempo à frente da sala de aula, em um monólogo o qual sabidamente grande parte dos alunos não absorve ou não se interessa, o professor passa a compartilhar com o aluno a responsabilidade de seu aprendizado.
Pensando na sala de aula de língua estrangeira, como esse modelo pode ser aplicado? A resposta está em como você planeja e gerencia suas aulas, além de seu objetivo, que deve ser o mais claro possível. Tendo o objetivo em mente, é hora de preparar o input ao qual os alunos serão expostos fora da sala de aula: pode ser um vídeo, um texto, um podcast, um show me board, etc. Além do input, é interessante que o professor pense em uma forma de medir o quanto o aluno consegui reter do conteúdo apresentado. Geralmente isso é feito na forma de testes bastante simples, que têm por objetivo apenas apontar o que o aluno precisa rever ou estudar um pouco mais.
Na sala de aula, o conteúdo apresentado será posto em prática e desenvolvido pelos alunos de maneira colaborativa: eles terão a oportunidade de discutir, aplicar e identificar elementos que foram apresentados anteriormente. Por exemplo: em casa, os alunos assistem a uma entrevista com uma pessoa famosa em um talk show. Após assisti-la, os alunos respondem a um quiz a respeito do conteúdo da entrevista e identificam as perguntas feitas. Na sala de aula, o professor responde às dúvidas dos alunos, pratica a pronúncia de palavras novas e entonação das perguntas apresentadas, para que os alunos possam então trabalhar sozinhos: neste momento, eles podem simular uma entrevista utilizando as perguntas apresentadas, buscar mais informações sobre a pessoa que foi entrevistada, dar continuidade à entrevista elaborando mais perguntas, etc.
Existem inúmeras formas de virar sua sala de aula do avesso. Basta um pouco de criatividade e familiaridade com a tecnologia, ferramenta essencial nesse processo. Se você quiser obter mais informações confira os links abaixo e have fun!
https://net.educause.edu/ir/library/pdf/ELI7081.pdf
http://ctl.utexas.edu/teaching/flipping-a-class/what
http://www.knewton.com/flipped-classroom
http://flippedclassroom.org
Em outras palavras, a parte expositiva é assistida pelos alunos em casa, quantas vezes acharem necessário e nos horários que puderem. Posteriormente, os alunos trabalham com a aplicação dos conteúdos em sala de aula, enquanto o lugar do professor passa a ser entre os alunos, monitorando e fornecendo o suporte necessário.
Quais são as vantagens desse modelo? Em primeiro lugar, o papel do professor passa a ser, de fato, o de facilitador do aprendizado e a sala de aula passa a ser o lugar da experimentação, da resolução de problemas e dúvidas, da aplicação dos conceitos e da construção de conhecimento. Ao invés de perder tempo à frente da sala de aula, em um monólogo o qual sabidamente grande parte dos alunos não absorve ou não se interessa, o professor passa a compartilhar com o aluno a responsabilidade de seu aprendizado.
Pensando na sala de aula de língua estrangeira, como esse modelo pode ser aplicado? A resposta está em como você planeja e gerencia suas aulas, além de seu objetivo, que deve ser o mais claro possível. Tendo o objetivo em mente, é hora de preparar o input ao qual os alunos serão expostos fora da sala de aula: pode ser um vídeo, um texto, um podcast, um show me board, etc. Além do input, é interessante que o professor pense em uma forma de medir o quanto o aluno consegui reter do conteúdo apresentado. Geralmente isso é feito na forma de testes bastante simples, que têm por objetivo apenas apontar o que o aluno precisa rever ou estudar um pouco mais.
Na sala de aula, o conteúdo apresentado será posto em prática e desenvolvido pelos alunos de maneira colaborativa: eles terão a oportunidade de discutir, aplicar e identificar elementos que foram apresentados anteriormente. Por exemplo: em casa, os alunos assistem a uma entrevista com uma pessoa famosa em um talk show. Após assisti-la, os alunos respondem a um quiz a respeito do conteúdo da entrevista e identificam as perguntas feitas. Na sala de aula, o professor responde às dúvidas dos alunos, pratica a pronúncia de palavras novas e entonação das perguntas apresentadas, para que os alunos possam então trabalhar sozinhos: neste momento, eles podem simular uma entrevista utilizando as perguntas apresentadas, buscar mais informações sobre a pessoa que foi entrevistada, dar continuidade à entrevista elaborando mais perguntas, etc.
Existem inúmeras formas de virar sua sala de aula do avesso. Basta um pouco de criatividade e familiaridade com a tecnologia, ferramenta essencial nesse processo. Se você quiser obter mais informações confira os links abaixo e have fun!
https://net.educause.edu/ir/library/pdf/ELI7081.pdf
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sexta-feira, 17 de junho de 2016
It is all about testing! What happened to learning?
(Louise Potter)
The word test has become extremely negative amongst teachers and I can understand why. I also tend to agree with the objections I hear towards the word.
Schools have become obsessed with testing and getting/giving results and scores. When inside a teacher´s room, you can feel the atmosphere getting tenser and tenser as the days become closer to the testing periods, which have become more and more frequent.
There has been much misunderstanding between the words testing and assessment.
A test should be used when you would like to examine someone's knowledge of something specific, to determine whether he/she knows the specific content of a determined subject, such as a grammar topic in teaching a foreign language. You test when you want to measure the level of knowledge that has been reached within a year or semester. It is a Polaroid (ancient) picture taken at certain time of year.
Assessment documents knowledge, skills, attitudes and beliefs. The main reason you will be assessing a student is to make improvements, not to simply judge or score. An assessment is a process. It is not stagnant as the Polaroid picture. You are able to analyse the process of your students’ communicative skills and understand the ways they learn best and the next steps that should be taken for them to be successful.
Unfortunately, teachers are testing much more than assessing. Therefore, they are teaching in order for students to pass tests, as the teachers themselves, are being judged upon their performance, having to show off perfect grades to the principals of the schools. However, when you ask the students what they have actually learned, they will smile with a big blank expression on their faces.
Assessments go beyond tests
Assessments are tremendously important instruments in education. I have no doubt about that. Unfortunately, they are being used for the wrong reasons. They are not being used to monitor student learning or to provide ongoing feedback to the students or even as a way for teachers to improve their teaching or by students to improve their learning.
The fixation on testing has made teachers and students lose their motivation for teaching and learning. Scores have become more important than skills. Teachers are wasting their precious time elaborating and correcting tests, when they should be focused on class planning and student involvement.
You should bear in mind that it is possible to assess your students everyday, without actually testing them. I am not saying that testing should be grounded for life, but definitely used less than it has been used in the classroom today.
Assessments help students build confidence in their ability to learn if done in the right manner. They can even motivate students and make it fun. They can build graphs comparing their growth in the past year, setting their own standards and goals, designing their own learning path.
However, being tested over and over again only for the sake of getting a grade does not motivate any student to learn. Nor does it give any teacher time to engage students in an interesting project, where they would have to use their higher order thinking skills to interact, research, give an opinion, build up their knowledge together with their colleagues, and present a final project using any kind of social media. For example, by trying to understand how glass is actually made and where it comes from, they can use the language itself without being tested for grammar.
More effort has to go into teaching/learning and not testing. Teachers need to be supported inside the classrooms doing what they know how to do instead of having to show results through testing. Shifting our view from test elaboration to teacher development is a successful starting point.
If you want to learn more about learning and testing, check us out at: http://teach-ineducation.com/site/for-teachers.php?p=teacher-development
terça-feira, 7 de junho de 2016
Por que perdemos tanto tempo em nossas aulas?
(Juliana Tavares)
Para quem acompanha nossos artigos, não é novidade que a questão do gerenciamento de tempo nas aulas é tema bastante recorrente. Louise já escreveu sobre isso aqui Organizando sua aula e eu também falei um pouco aqui The importance of classroom management. Porém, esse tema é tão importante que nunca é demais retomá-lo. Para isso, vamos imaginar um cenário real. A cena que vou descrever agora provavelmente já foi presenciada, ou mesmo protagonizada por muitos de nós em nossa prática diária de sala de aula:
9:10 – Início da aula
9:15 – Professor chega à sua mesa, após passar por seus alunos, que o cercam de todos os lados, fazendo todos os tipos de perguntas e apresentando os mais diversos problemas.
9:17 – Professor começa a chamada. Os alunos presentes fornecem o boletim do porque os alunos ausentes estão ausentes. Começam mais histórias.
9:21 – O professor pede aos alunos que peguem seus materiais, que já deveriam estar em suas mesas. Os alunos começam a se movimentar, ir até o fundo da sala, onde se encontram as mochilas. Um aluno tropeça em uma mochila que está no meio do caminho. Todos riem. O aluno fica chateado.
9:26 – O professor, após acalmar os ânimos, pergunta se todos fizeram as tarefas e começa a avalanche de desculpas por parte dos que não as fizeram.
9:30 – Após terminar o assunto com ameaças de enviar quem ainda estiver falando à direção, o professor começa sua aula. Faz um warm up rápido e pede aos alunos que se sentem em pares, pois sabe que se pedir a eles que se sentem em grupos, não haverá tempo para finalizar a tarefa. Os alunos começam a brigar entre si, pois não querem se sentar com quem está ao lado, ou os meninos não querem se sentar com as meninas, etc., etc., etc. ...
9:35 – Restam apenas 20 minutos da aula e os alunos ainda nem começaram a fazer a primeira atividade planejada. A monitora bate à porta para dar um “recadinho para a classe”. O professor sai correndo e gritando aos quatro ventos: “Por que não fui fazer Contabilidade? ”
É claro que coloquei minhas pitadas de exagero nessa história (nenhum professor de línguas que conheço faria Contabilidade, ha, ha, ha!), mas a pergunta é: com quantos aspectos dessa aula você se identificou? A verdade é que muitos de nós passamos por isso. No final da aula, sentimos que não conseguimos cumprir quase nada do que estava em nosso plano e que outras questões, externas à aula em si, sempre acabam interferindo no andamento do planejado. O fato é que, quando trabalhamos com idiomas, o tempo que perdemos é bastante precioso, pois representa uma grande porcentagem do total que temos com nossos alunos. Se em sua escola você tem duas aulas semanais de 45 minutos, 20 minutos perdidos é muito tempo. Para alunos do Fundamental I é ainda pior, pois muitas escolas oferecem apenas uma aula de 45 ou 50 minutos por semana.
Embora saibamos que muitos dos obstáculos responsáveis por atrasos e perda de tempo não sejam necessariamente nossa culpa, é válido afirmar que é possível tomarmos algumas medidas que podem reduzir o tempo perdido em sala e aumentar a prática da língua entre nossos alunos. Essas medidas foram inspiradas na prática de professores que sabem aproveitar ao máximo o tempo que possuem com seus alunos. Vamos a algumas delas:
Faça a sua parte
Se sua aula começa às 09:10, como no caso acima, esteja na porta da sala às 09:08. Nem sempre é possível, mas tenha essa mentalidade para que o tempo perdido seja o mínimo. Se você planejou sua aula com tarefas que exigem preparação anterior (distribuir flashcards, usar o computador, o som, ou vídeo), concentre seus esforços para que tudo esteja o mais preparado possível de antemão. Se você vai trabalhar em grupos, estabeleça-os na aula anterior, ou peça uma mãozinha ao professor que vem antes de você. Companheirismo nunca é demais!
O recado tem que ser agora?
Já ouvimos de um grande número de professores que há uma ideia de que recados, entregas de bilhetes, ou quaisquer outras coisas fora do contexto da aula podem sempre ser feitos nas aulas de inglês, espanhol, arte, ou educação física. Ao mesmo tempo que isso é injusto – já que as disciplinas mencionadas possuem um tempo reduzido de aulas – também perpetua a ideia de que essas aulas são menos importantes. Se esse for o caso em sua escola, diga simplesmente que naquele momento não dá! Se for de fato importante, eles podem voltar outra hora.
Treine seus alunos no comportamento esperado
Isso pode levar tempo no início, mas seus alunos devem ser treinados em questões como: estar com o material pronto, saber se sentar em pares e grupos, deixar a lição à mostra para checagem. É importante entender que treinar os alunos é um processo, o que quer dizer que não basta uma ou duas vezes para que eles entendam e se comportem como o esperado. Estabelecer uma rotina leva tempo, mas vale a pena.
Não deixe seus alunos ociosos
Sabe aquele ditado: “Mente vazia, oficina do diabo”? Pois bem, sábio quem o inventou. Ociosidade significa problemas de comportamento. Por isso, é sempre bom ter em mãos algo que manterá os alunos ocupados. Tenha sempre atividades simples, curtas e diversificadas disponíveis para os alunos. O ideal é formar uma pasta, um activity bank, com coisinhas simples, que impedirão ociosidade. No início da aula, por exemplo, você pode distribuir uma dessas tarefas para manter seus alunos ocupados, enquanto você ajusta tudo o que precisa para dar início à aula. Dessa forma, o tempo produtivo da aula é maximizado, assim como o potencial de aprendizado dos alunos. Você vai ver que, quanto mais ocupados os alunos estiverem, menos tempo haverá para surgirem problemas e para perder tempo.
Gostou das dicas? Quer nos contar o que você faz para não perder tempo de aula? Acesse www.teach-ineducation.com/site/conteudo.php?p=contato e compartilhe conosco sua experiência!
segunda-feira, 30 de maio de 2016
A importância do feedback na gestão de equipes de professores
De acordo com Bill Gates, um dos problemas mais recorrentes em
escolas ao redor do mundo é a falta de feedback dado aos professores em
relação ao desempenho.
A palavra feedback propriamente dita significa dar um retorno a respeito de como você está se esforçando para atingir um certo objetivo. Exemplos de feedback podem ser de um amigo dizendo: “quando você fala usando esse tom de voz mais calmo, eu me sinto melhor”; ou ainda de um professor que diz a respeito de uma redação de um aluno: “o parágrafo me prendeu, mas achei o diálogo um pouco confuso”.
Feedback é um processo de extrema importância em qualquer área de atuação. Um feedback efetivo requer que a pessoa tenha um objetivo claro em mente e, a partir da informação recebida, fará com que você continue no caminho ou desvie para outra direção.
Uma das mais importantes características de uma boa gestão de equipes de idiomas é o constante e construtivo feedback dado aos professores. Para que o profissional cresça, é necessário que ele saiba exatamente seus pontos fortes, suas características que devem ser trabalhadas e limitações que devem ser superadas.
Entretanto, um feedback realmente construtivo só pode ocorrer quando o gestor ou coordenador pedagógico conhece profundamente o trabalho do professor. Um bom feedback não pode simplesmente ser baseado na impressão que o coordenador tem daquele professor, ou ainda no que os outros membros da equipe, alunos e mesmo pais de alunos têm a dizer sobre ele. Apesar dessas também serem importantes fontes de informação sobre o desempenho do professor, é essencial que o gestor esteja presente na sala de aula fazendo observações e acompanhe de perto o desenrolar das aulas e o planejamento desse profissional.
Na área de ensino de idiomas, observação de aulas e feedback são ainda mais importantes, pois existe a necessidade das visões de ensino, aprendizagem e linguagem estarem alinhadas com os objetivos e cultura da escola.
Além disso, para que haja um desenvolvimento profissional e um crescimento constante, a formação contínua deve ser incorporada à cultura da escola. Somente com a oportunidade de aprender mais e aplicar o que aprendeu em sala de aula, sempre com supervisão e retorno sobre o desempenho, é que o professor contribuirá para o crescimento de sua escola, trabalhando com entusiasmo e motivação.
Para saber sobre outras funções do coordenador pedagógico de idiomas, clique aqui. Para saber mais sobre nossos serviços de consultoria pedagógica, clique aqui.
A palavra feedback propriamente dita significa dar um retorno a respeito de como você está se esforçando para atingir um certo objetivo. Exemplos de feedback podem ser de um amigo dizendo: “quando você fala usando esse tom de voz mais calmo, eu me sinto melhor”; ou ainda de um professor que diz a respeito de uma redação de um aluno: “o parágrafo me prendeu, mas achei o diálogo um pouco confuso”.
Feedback é um processo de extrema importância em qualquer área de atuação. Um feedback efetivo requer que a pessoa tenha um objetivo claro em mente e, a partir da informação recebida, fará com que você continue no caminho ou desvie para outra direção.
Uma das mais importantes características de uma boa gestão de equipes de idiomas é o constante e construtivo feedback dado aos professores. Para que o profissional cresça, é necessário que ele saiba exatamente seus pontos fortes, suas características que devem ser trabalhadas e limitações que devem ser superadas.
Entretanto, um feedback realmente construtivo só pode ocorrer quando o gestor ou coordenador pedagógico conhece profundamente o trabalho do professor. Um bom feedback não pode simplesmente ser baseado na impressão que o coordenador tem daquele professor, ou ainda no que os outros membros da equipe, alunos e mesmo pais de alunos têm a dizer sobre ele. Apesar dessas também serem importantes fontes de informação sobre o desempenho do professor, é essencial que o gestor esteja presente na sala de aula fazendo observações e acompanhe de perto o desenrolar das aulas e o planejamento desse profissional.
Na área de ensino de idiomas, observação de aulas e feedback são ainda mais importantes, pois existe a necessidade das visões de ensino, aprendizagem e linguagem estarem alinhadas com os objetivos e cultura da escola.
Além disso, para que haja um desenvolvimento profissional e um crescimento constante, a formação contínua deve ser incorporada à cultura da escola. Somente com a oportunidade de aprender mais e aplicar o que aprendeu em sala de aula, sempre com supervisão e retorno sobre o desempenho, é que o professor contribuirá para o crescimento de sua escola, trabalhando com entusiasmo e motivação.
Para saber sobre outras funções do coordenador pedagógico de idiomas, clique aqui. Para saber mais sobre nossos serviços de consultoria pedagógica, clique aqui.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Avaliação processual no ensino de línguas. Quem faz?
O campo de trabalho da Educação, assim como qualquer outro, é frequentemente bombardeado pelo que chamamos de buzz words, ou seja, as palavras do momento que, na maioria das vezes, definem práticas em voga, ou práticas que deveriam estar em voga. É bastante comum, ao ser perguntado sobre suas abordagens avaliativas, o professor responder: “Em nossa escola usamos a abordagem da avaliação processual, ou seja, nosso aluno é constantemente avaliado ao longo de seu aprendizado." Ok, parece ótimo, não? Porém, a pergunta que não quer calar é: quem faz isso de verdade? Como saber se minhas práticas de avaliação refletem de fato os procedimentos que definem uma avaliação processual e qualitativa? Reunimos alguns pontos que podem nos auxiliar a compreender melhor essa abordagem tão essencial em sala de aula e também a não confundir as coisas.
- Avaliação processual também mede o que o aluno sabe – uma das principais metas da prova tradicional é detectar o que o aluno não sabe, os seja, mede as falhas no aprendizado e o pune por isso, quando deveria também celebrar o que foi de fato aprendido por ele. Entretanto, muitas vezes aquilo que o aluno absorveu nem sempre é o que desejamos medir naquele momento. Em uma avaliação processual, o que foi aprendido deve ser mais valorizado do que aquilo que ainda não foi assimilado pelo aluno, pois a ideia é avaliar as etapas do aprendizado, com o objetivo de recompensá-lo por seu sucesso e auxiliá-lo com as dificuldades.
- Avaliação processual refuta a ideia da prova como punição – esta ideia tem bastante relação com o tópico acima. Afinal de contas, o professor que oferece como única forma de avaliar uma prova de múltipla escolha está punindo os alunos que possuem mais dificuldades com esse formato. Também cria-se uma expectativa negativa em relação à ideia de ser avaliado, como se isso sempre fosse algo ruim, difícil, feito para punir aqueles que não se encaixam nesse modelo imposto pela escola. A avaliação processual, por outro lado, foca na monitoração do aprendizado e na autonomia. Se meu aluno confiar que meus objetivos são, de fato, ajudá-lo e não puni-lo, a avaliação deixa de ser um fardo para se tornar uma atividade como qualquer outra.
- Avaliação processual nem sempre é qualitativa, mas deveria ser – Avaliação processual significa exatamente avaliar o aprendizado durante o processo, e não ao final dele. Isso significa que o aprendizado não pode ser medido através de uma ou duas provas escritas, que serão somadas e divididas por 2. Essa abordagem, um tanto quantitativa, pode estar presente na vida dos alunos no vestibular, mas não pode determinar, por si só, o quanto o aluno aprendeu. Muito mais justa é a nota que se baseia no acúmulo de diferentes tipos de atividades que reflitam o progresso do aluno em determinado conteúdo.
- Avaliação processual apresenta formas variadas – os instrumentos da avaliação processual não possuem, necessariamente, as características de uma prova comum, ou seja, nem sempre o instrumento que utilizamos para avaliar tem “cara” de prova. Você pode utilizar uma atividade na qual o aluno mostrou um bom conhecimento e dedicação, um desenho no qual o aluno expressou com destreza a compreensão de um texto, ou ainda um vídeo de uma apresentação oral na qual o aluno se saiu bem. Todas essas formas de avaliar são válidas, desde que os objetivos estejam claros para todos.
- Avaliação processual de qualidade depende de parâmetros justos e claros – para que funcione, não só os professores devem ter em mente seus objetivos com as atividades avaliativas, mas também os alunos devem estar a par desses objetivos. Os alunos precisam saber quais são os parâmetros de avaliação para determinada atividade, ou seja, o que é esperado deles em cada aspecto dessa. Para isso, o professor deve ter os parâmetros bastante claros para si, preparando-os com base em seus objetivos de aprendizado e naquilo que espera dos alunos naquele momento.
E então? Como podemos incorporar os princípios da avaliação processual em nossa prática como professores de idioma? Conte-nos nos comentários!
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quarta-feira, 4 de maio de 2016
Desgramatiza! A dura tarefa do desapego da gramática descontextualizada em prol da comunicação - Juliana Tavares
É fato que, para o professor de língua estrangeira, trabalhar com a ajuda de um livro didático é algo de extrema importância. Ter um material didático como guia de seu trabalho possui diversas vantagens: ajuda o professor a planejar o ano letivo com base em suas unidades, fornece prática aos alunos através de suas tarefas, é algo concreto através do qual os alunos podem estudar, etc.
Até aqui, só vimos o lado bom do material didático. Mas, como tudo na vida, adotar um livro tem também seu lado negativo e hoje vamos focar em um dos problemas através de um exemplo bastante recorrente: a gramática descontextualizada.
Recentemente, ao auxiliar uma professora com o planejamento de uma aula, o problema foi bastante óbvio. Ao apresentar comparativos em inglês, o livro listava exemplos que comparavam animais ("Elephants are bigger than monkeys." – quem diz isso em uma conversa normal?), para, logo em seguida, propor uma tarefa na qual os alunos deveriam comparar duas cidades completamente aleatórias (por que tenho que comparar duas cidades? Quando vou precisar fazer isso no mundo real?). O que agravou a situação, entretanto, foi a preocupação da professora em conseguir dar conta de todas essas propostas de maneira significativa, com a fluidez necessária ao se passar de uma atividade para outra. Aí, foi preciso ressaltar para a professora que o problema não estava nela, mas sim no material. E ter esse discernimento é difícil às vezes, principalmente se o professor se encontra em uma instituição que não lhe dá a liberdade de selecionar o que será relevante para os alunos e descartar o que não lhe servir.
Neste caso, seria muito mais relevante trabalhar os comparativos utilizando como tópico algo que os alunos realmente pensariam em comparar em suas realidades. Entra aqui a necessidade de conhecermos nossos alunos e estarmos interessados no que querem, gostam, compram, ouvem e assistem. Dessa forma, podemos convidar nossos alunos a compararem duas séries de TV, duas bandas que gostam, dois destinos possíveis para uma viagem, dois animais de estimação para comprarem, etc. Tudo isso deve ser feito dentro de um contexto comunicativo. Mais tarde, então, podemos expandir o tópico para todas as possibilidades. Podemos, então, comparar animais (não elefantes e macacos, por favor!), cidades, casas, e tudo mais o que as gramáticas fazem porque o objetivo passa a ser a fixação da estrutura.
Saber julgar quando um livro não está sendo relevante em termos comunicativos requer prática e também uma certa dose de coragem. Às vezes sentimos que estamos deixando de ensinar alguma coisa quando decidimos eliminar certos conteúdos ou atividades dos livros. Porém, se o fizermos com um objetivo em mente e em prol da comunicação significativa e relevante, nossos alunos ganharão muito mais. Afinal de contas, quantas vezes você já teve que comparar um macaco com um elefante?
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