Mostrando postagens com marcador professores de inglês. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador professores de inglês. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Cinco maus hábitos que precisamos parar agora!




(Juliana Tavares)





Nossa profissão, como qualquer outra, cria vícios que são muitas vezes inconscientes e difíceis de controlar. Eles podem ser coisinhas mínimas, sem importância, como por exemplo repetir a mesma expressão inúmeras vezes (lembra quando você era aluno e ficava contando quantas vezes seus professores repetiam determinada palavra na aula? Pois é, aquele professor pode ser você hoje!). Algumas vezes, porém, essas manias podem estar atrapalhando o aprendizado de seus alunos. Pensando em inúmeras observações de aula já feitas, assim como em coisas que ouvimos de colegas de profissão que têm consciência de suas falhas, selecionamos uma pequena lista de hábitos sobre os quais você deveria refletir. A melhor maneira de saber se você os pratica ou não é tendo sua aula observada por seu coordenador, seu colega, ou mesmo filmando você mesmo e assistindo depois. E aí, teacher? Vai encarar?

Você repete o que seus alunos falam

Echoing is annoying. Fato. É claro que a gente faz sem perceber, ou porque queremos corrigir a pronúncia de nossos alunos simplesmente fazendo com que eles ouçam a maneira correta. O problema é que isso aumenta seu teacher talking time e não serve para muita coisa. Se você quiser repetir o que seu aluno fala com as correções adequadas, então chame sua atenção para isso. Diga: You should say... e então use a forma correta. Mas não repita como um papagaio sem propósito algum.

Você facilita demais a linguagem com medo que o aluno não entenda o que diz

Esse problema é muito comum e penso que seja uma das coisas que mais atrapalham o desenvolvimento da compreensão oral nos alunos. Se você facilita a linguagem a ponto de transformá-la em algo que pessoas nativas não usariam na vida real, você não está ajudando seu aluno a treinar estratégias de compreensão. Ao contrário, você o expõe a uma linguagem que é possível apenas dentro da sala de aula. Desde o início o aluno dever estar ciente de que não precisa entender to-das-as-pa-la-vras que ouvir em inglês ou espanhol. O que conta é a compreensão da mensagem e a capacidade de se comunicar efetivamente. Com o tempo, ele vai sentir que compreende cada vez mais sem necessariamente você ter que se dirigir a ele como se ele fosse uma criança de três anos!

Você interrompe o aluno constantemente para corrigir o que ele diz

Que fique algo bem claro: não sou contra correção on the spot. Ela é necessária e ajuda o aluno a melhorar a precisão de sua gramática e pronúncia. Porém, há momentos nos quais o excesso de correções, principalmente as que interrompem o aluno a todo momento, não surtem o menor efeito e acabam por minar a motivação do aluno em se arriscar na língua. Em situações mais informais, como por exemplo, o aluno que encontra com você no corredor da escola e junta toda a coragem para começar uma conversa em inglês, ficar interrompendo a fala do pobrezinho a cada cinco segundos para corrigi-lo vai fazer com que ele nunca mais se arrisque na vida! Bom senso é a ordem em casos assim. Saibamos usá-lo.

Você faz elogios vazios

Nossa mania de dizer very good deveria ser estudada por psicólogos. O que exatamente isso significa? Vamos parar para refletir se nossos alunos realmente estão levando em conta um elogio que é repetido constantemente e em qualquer ocasião. Penso eu que eles já nem escutam mais quando falamos isso. Ao invés disso, prepare e pense em elogios e feedback que serão realmente úteis para seus alunos. Ao invés de dizer very good ao aluno que escreveu uma boa redação, diga como você gostou do parágrafo introdutório dele, ou como ele melhorou o uso do Present Perfect, por exemplo. Ao invés de very good para a aluna que falou quase sem cometer erros em um debate, diga: "You've made a fantastic point!" E veja as carinhas deles se iluminarem. Elogios bem pensados e com foco no que realmente o aluno fez direito são mais que meramente elogios, mas são parte importante de nossa avaliação sobre o desempenho de nossos alunos.

Você exige menos (ou mais) que seus alunos podem oferecer.

É complicado esse equilíbrio: se somos muito bonzinhos, nossos alunos não evoluem, acabam desmotivados e desistem de estudar. Se somos muito exigentes, a pressão pode fazer com que o aluno “espane” e desista da mesma forma, desta vez com a autoestima abalada – a pior coisa que pode acontecer. Porém, se estivermos atentos aos sinais, é possível perceber se estamos deixando a desejar nas demandas ou se, ao contrário, estamos exagerando nelas. É preciso ficarmos atentos às maneiras como nossos alunos reagem aos nossos estímulos: se é com tédio e falta de motivação, ou se é com ansiedade e preocupação.

Lembrar que nossos alunos possuem anseios, inseguranças e necessidades específicas nos ajuda a manter o foco e evitar os erros acima. Somos humanos em constante aprendizado, assim como nossos alunos. Refletir sobre nossa prática e sobre o que estamos fazendo para aprimorá-la cada vez mais é sinal de que queremos crescer, assim como nossos alunos! E então? O que você vai fazer para “matar” esses hábitos?

terça-feira, 27 de setembro de 2016

As Vantagens da Educação Online para o Professor de Inglês


 



"Você trabalha também, ou só dá aula?" Difícil encontrar um professor que nunca ouviu essa pérola em sua vida. Como se não fôssemos ocupadíssimos com nossa profissão, pulando de uma escola para outra, preenchendo nossos horários da melhor e mais otimizada forma possível. Nessa atribulada rotina, fica bastante complicado encaixar um horário fixo para dedicarmos ao nosso desenvolvimento profissional. Dessa forma, cursos online  ministrados 100% a distância e de forma assíncrona, tomam espaço cada vez mais espaço e ganham destaque dentre profissionais cujos horários são bastante ocupados, mas ao mesmo tempo flexíveis o suficiente para encaixar uma boa oportunidade de aprender mais.
Pensando nisso, a Teach-in Education criou dois cursos online para o desenvolvimento de profissionais de ensino de idiomas que desejam aprimorar seus conhecimentos, mas que não conseguem alocar um horário fixo para isso. Nossos cursos possuem a conveniência da modalidade EAD e são feitos sob medida para quem não abre mão da comodidade de poder estudar de qualquer lugar.
Nossos cursos foram elaborados levando em consideração os mais variados problemas que o professor de línguas no Brasil enfrenta. Como nosso trabalho envolve o contato direto com esses profissionais, sabemos de suas necessidades e das áreas nas quais há mais oportunidades de desenvolvimento.
Nossos cursos são ministrados em inglês. Nos links abaixo, você terá todas as informações que precisa: duração, valores e conteúdo programático para cada um deles, lembrando sempre que, uma vez matriculado, o aluno pode estudar a qualquer hora e de qualquer lugar, pois todo o conteúdo é disponibilizado ao mesmo tempo para a sua conveniência.

Saiba mais sobre nossos cursos aqui:
First Things First -Essntial Principles for Classroom Management - nova turma com início e 03/10/2016!
Beyond the Course Book - Using Alternative Resources to Enhance Learner Motivation


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Implementing the 7 C’s into our language classroom

(Louise Potter)

The world is changing at a faster pace than we can actually handle. By the time we master an app, thousands more have already been launched. New words are constantly being added to the English language even as you are reading this article. When we are under the impression we have finally reached a stage in life when we can relax a little and rely on all that we have learned up to this moment, life shows us that we only actually know 5% of what there is out there to learn, no matter what area of expertise we work in.

We live in an immensely diversified world. People come from different backgrounds, speak languages we sometimes have not even heard of and some of us want to accomplish plans others would never dream of in a lifetime!

However, schools are still teaching as if we lived in the industrial era. Students sit, staring at each other’s backs, listening to teachers lecture. Students learn the same content, at the same pace, and are being tested for something they will probably never use in their careers or lifetimes.

In order to prepare our students, who live in a bubble under their parent’s and school’s supervision, we need to go beyond content, curriculum and course books. We need to change the way we teach. Easy? Definitely not!

Some teachers understand this change and try to overcome it by adding fascinating topics to their curricula, or maybe by learning how to use an outstanding technological tool and implementing it into the classroom, making students a little less passive inside the class.

A shift in our fixed teaching mindset and attitude has to take place. What teachers do not realise is that when we implement the 7 C’s, we do not have to add anything to the class. We have all we need. The change is in our approach, our attitude, our mindset, in the questions we ask, and most of all, how we ask certain questions. We do not need students to answer questions, but prepare them to ask the essential questions. This prepares them more for their future than counting on content-based classes where students are supposed to raise their hands in order to answer the teacher’s inquiries.

Speaking of the 7C’s, which are they?

Critical thinking – it relates to problem solving, analysing solutions and project-based learning;

Communication – it relates to teaching students how to do oral presentations, work on their inter-personal relationships and how to use the medias in a sensible manner;

Collaboration – this skill helps students understand how to work in groups and the importance of teamwork, compromise, understanding and accepting;

Cross-cultural understanding - understanding other cultures helps students reflect upon their own culture; tolerance and acceptance are aspects we need to work on inside our classrooms;

Computing – Effective use technology-related tools;

Career - working on life-long learning;

Creativity – classrooms need to build on students’ creativity, design learning, implementing strategies for artful presentations.

If we are able to spice up our classes by having a little more student agency and less teacher-centeredness, designing activities so they include the seven points mentioned above, teachers will spend less time having to worry about engaging and motivating students. Much has to be changed regarding what we are doing in the classroom. Our roles have changed. Instead of demanding certain attitudes from students, they should be able to decide how they want to learn. Our role is to guide them along the way. The education system is shifting, and as we all know, when things shift, things shake. Changes will always cause clashes and meet up with big resistances.

Course books should be used as a guide and our students’ interests as the main input in our classes. Having clear goals in our minds related to grammar points or functions, clear views of our students’ interests, instruction that is based on creative activities where students can be agents of their learning is a good start. The shift from teacher-centered to student-centered classes is much easier said than done. Nevertheless, we need to begin sometime. Here are some ideas:

  • Changing the way we ask questions in the classroom. Have students ask the questions;
  • Working more on well-designed projects;
  • Having clear learning goals beyond the language;
  • Using learning centers for mixed-ability classes;
  • Having students teach their own peers;
  • Having students work more in groups and collaborating with each other;
  • Teaching culture through language;
  • Allowing students to be creative and use their own learning styles in presenting their work;
  • Bringing the world into the classroom;
  • Differentiating your instruction within the three phases (content, process and product);
  • Allowing space for students to be active and agents of their learning process.

If our students do not learn the way we are teaching, we definitely need to change the way we teach. Students of the 21st century have skills we teachers do not yet embrace. It is time we do so. It is not an easy task; in fact, the shift is quite drastic. However, language should be the means of leaning a topic and not the end product.

terça-feira, 28 de junho de 2016

A sala de aula de cabeça para baixo – entendendo o conceito de flipped classroom

Flipped classroom, conceito que pode ser livremente traduzido como aula invertida, consiste de um modelo pedagógico no qual a ordem de apresentação de conteúdo e prática são invertidas, de forma que o aluno trabalha em casa com as instruções dadas pelo professor, via de regra através do computador, para depois fazer as tarefas dentro da sala de aula de forma colaborativa.

Em outras palavras, a parte expositiva é assistida pelos alunos em casa, quantas vezes acharem necessário e nos horários que puderem. Posteriormente, os alunos trabalham com a aplicação dos conteúdos em sala de aula, enquanto o lugar do professor passa a ser entre os alunos, monitorando e fornecendo o suporte necessário.

Quais são as vantagens desse modelo? Em primeiro lugar, o papel do professor passa a ser, de fato, o de facilitador do aprendizado e a sala de aula passa a ser o lugar da experimentação, da resolução de problemas e dúvidas, da aplicação dos conceitos e da construção de conhecimento. Ao invés de perder tempo à frente da sala de aula, em um monólogo o qual sabidamente grande parte dos alunos não absorve ou não se interessa, o professor passa a compartilhar com o aluno a responsabilidade de seu aprendizado.

Pensando na sala de aula de língua estrangeira, como esse modelo pode ser aplicado? A resposta está em como você planeja e gerencia suas aulas, além de seu objetivo, que deve ser o mais claro possível. Tendo o objetivo em mente, é hora de preparar o input ao qual os alunos serão expostos fora da sala de aula: pode ser um vídeo, um texto, um podcast, um show me board, etc. Além do input, é interessante que o professor pense em uma forma de medir o quanto o aluno consegui reter do conteúdo apresentado. Geralmente isso é feito na forma de testes bastante simples, que têm por objetivo apenas apontar o que o aluno precisa rever ou estudar um pouco mais.

Na sala de aula, o conteúdo apresentado será posto em prática e desenvolvido pelos alunos de maneira colaborativa: eles terão a oportunidade de discutir, aplicar e identificar elementos que foram apresentados anteriormente. Por exemplo: em casa, os alunos assistem a uma entrevista com uma pessoa famosa em um talk show. Após assisti-la, os alunos respondem a um quiz a respeito do conteúdo da entrevista e identificam as perguntas feitas. Na sala de aula, o professor responde às dúvidas dos alunos, pratica a pronúncia de palavras novas e entonação das perguntas apresentadas, para que os alunos possam então trabalhar sozinhos: neste momento, eles podem simular uma entrevista utilizando as perguntas apresentadas, buscar mais informações sobre a pessoa que foi entrevistada, dar continuidade à entrevista elaborando mais perguntas, etc.

Existem inúmeras formas de virar sua sala de aula do avesso. Basta um pouco de criatividade e familiaridade com a tecnologia, ferramenta essencial nesse processo. Se você quiser obter mais informações confira os links abaixo e have fun!

https://net.educause.edu/ir/library/pdf/ELI7081.pdf
http://ctl.utexas.edu/teaching/flipping-a-class/what
http://www.knewton.com/flipped-classroom
http://flippedclassroom.org

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Desgramatiza! A dura tarefa do desapego da gramática descontextualizada em prol da comunicação - Juliana Tavares



É fato que, para o professor de língua estrangeira, trabalhar com a ajuda de um livro didático é algo de extrema importância. Ter um material didático como guia de seu trabalho possui diversas vantagens: ajuda o professor a planejar o ano letivo com base em suas unidades, fornece prática aos alunos através de suas tarefas, é algo concreto através do qual os alunos podem estudar, etc. 

Até aqui, só vimos o lado bom do material didático. Mas, como tudo na vida, adotar um livro tem também seu lado negativo e hoje vamos focar em um dos problemas através de um exemplo bastante recorrente: a gramática descontextualizada. 

Recentemente, ao auxiliar uma professora com o planejamento de uma aula, o problema foi bastante óbvio. Ao apresentar comparativos em inglês, o livro listava exemplos que comparavam animais ("Elephants are bigger than monkeys." – quem diz isso em uma conversa normal?), para, logo em seguida, propor uma tarefa na qual os alunos deveriam comparar duas cidades completamente aleatórias (por que tenho que comparar duas cidades? Quando vou precisar fazer isso no mundo real?). O que agravou a situação, entretanto, foi a preocupação da professora em conseguir dar conta de todas essas propostas de maneira significativa, com a fluidez necessária ao se passar de uma atividade para outra. Aí, foi preciso ressaltar para a professora que o problema não estava nela, mas sim no material. E ter esse discernimento é difícil às vezes, principalmente se o professor se encontra em uma instituição que não lhe dá a liberdade de selecionar o que será relevante para os alunos e descartar o que não lhe servir. 

Neste caso, seria muito mais relevante trabalhar os comparativos utilizando como tópico algo que os alunos realmente pensariam em comparar em suas realidades. Entra aqui a necessidade de conhecermos nossos alunos e estarmos interessados no que querem, gostam, compram, ouvem e assistem. Dessa forma, podemos convidar nossos alunos a compararem duas séries de TV, duas bandas que gostam, dois destinos possíveis para uma viagem, dois animais de estimação para comprarem, etc. Tudo isso deve ser feito dentro de um contexto comunicativo. Mais tarde, então, podemos expandir o tópico para todas as possibilidades. Podemos, então, comparar animais (não elefantes e macacos, por favor!), cidades, casas, e tudo mais o que as gramáticas fazem porque o objetivo passa a ser a fixação da estrutura. 

Saber julgar quando um livro não está sendo relevante em termos comunicativos requer prática e também uma certa dose de coragem. Às vezes sentimos que estamos deixando de ensinar alguma coisa quando decidimos eliminar certos conteúdos ou atividades dos livros. Porém, se o fizermos com um objetivo em mente e em prol da comunicação significativa e relevante, nossos alunos ganharão muito mais. Afinal de contas, quantas vezes você já teve que comparar um macaco com um elefante?